O presidente François Hollande, disse nesta sexta 9 que a França conseguiu enfrentar o atentado terrorista ao jornal “Charlie Hebdo”, cometido na última quarta-feira (7), mas que as ameaças ao país não terminaram. O líder francês fez pronunciamento nacional após a ação policial que matou os suspeitos de cometerem atentado à sede do semanário, além de outro atirador que fez reféns em um mercado judaico de Porte de Vincennes, em Paris.
Operações policiais simultâneas encerraram nesta sexta os dois sequestros que estavam em andamento na França. Hollande confirmou que um deles, no mercado de Porte de Vincennes, deixou quatro mortos.
Em seu discurso o presidente classificou o sequestro no mercado judaico de um “atentado antissemita”.
“Queria pedir a união da nossa sociedade, que sifnifica que temos que lutar contra tudo que pode nos dividir. Temos que ser implacáveis contra o racismo e antissemitismo, porque esse atentado de hoje ao mercado foi antisemita. Esses que cometeram esses atos dramáticos não têm nada a ver com a religião muçulmana”, disse.
Além disso, os irmãos Kouachi, suseitos de matar 12 pessoas no ataque contra o “Charlie Hebdo”, fizeram um refém em uma empresa Dammartin-en-Goële, que saiu salvo.
“Os assassinos foram neutralizados graças a uma ação dupla e gostaria de saldar coragem e bravura dos policiais civis e militares que participaram dessas intervenções. Estamos muito orgulhosos deles. Quando a ordem foi dada, fizemos a invasão com coragem para salvar os reféns e neutralizar os terroristas”, afirmou.
Hollande também que participará da manifestação que foi marcada para o próximo domingo, que contará com a presença de outros chefes de estado, e chamou “todos os franceses a levantar valores da democracia e da liberdade”.
“A França está consciente e sabe que pode enfrentar ameaças com suas forças de segurança e sabe também que as ameaças não acabaram. Gostaria de pedi vigilância e mobilização”, afirmou.