Um estudante muçulmano entrou com uma ação judicial contra a companhia aérea americana Southwest Airlines por ser expulso, em 2016, de um dos seus aviões quando falava por telefone em árabe com um parente antes de decolar do aeroporto de Los Angeles.
Khairuldeen Makhzoomi, que estudava na Universidade da Califórnia, em Berkeley, e tem cidadania americana após chegar como refugiado iraquiano, alegou se sentir “publicamente humilhado” após a expulsão e posterior interrogatório, que segundo ele durou algumas horas.
Makhzoomi pede a Southwest Airlines uma indenização por danos por discriminação, sofrimento emocional e violação de seus direitos civis.
Segundo o texto do processo, um dos agentes que o expulsou do avião exigiu ao jovem que “contasse tudo o que sabia sobre os mártires” e que teria que ser “honesto” em sua declaração.
No entanto, Makhzoomi argumentou que estava usando a palavra “inshallah”, uma frase islâmica que se significa literalmente “Deus quer”, mas que pode ser usada também para desejar sorte.
A Southwest Airlines, que tem sua sede em Dallas (Texas), devolveu o bilhete e em comunicado disse lamentar qualquer experiência negativa de seus clientes e disse que a companhia “não perdoa, como não tolera qualquer tipo de discriminação”.
Embora os fatos tenham ocorrido em 2016, Makhzoomi entrou agora com o processo após receber assessoria jurídica do Conselho para as Relações Americano-Islâmicas, que também pretende evitar que outros passageiros “sofram este pesadelo” por questões raciais.