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Homenagens marcam 100 anos da morte de Ruy

Ruy Barbosa em sua biblioteca, sem data Arquivo Nacional Fundo Correio da Manhã.

Fosse uma águia comum, confinado em uma gaiola ou acorrentado como os escravos cuja liberdade tanto defendia, Ruy Barbosa (1849/1923) teria vivido algo em torno de 50 anos, sem direito a grasnar, ou, em outras palavras, a ter voz. Mas ele era um espécime único. Era a Águia de Haia, título conferido pelo Barão do Rio Branco, ministro das Relações Exteriores no governo de Rodrigues Alves.

Defensor intransigente das liberdades, Ruy assustou a aristocracia ao dizer que, queira ou não o governo, a escravidão está com os dias contados. E é esse modelo de brasileiro – jornalista, jurista, político, diplomata e acima de tudo abolicionista – que será homenageado na quarta-feira, 1, no centenário da sua morte.

Para marcar a data, não faltarão homenagens. Como uma Fênix, seu nome ressurgirá das cinzas e o 1º de março não passará em branco. Muitas serão as homenagens prestadas àquele vulto da história brasileira.

Em Brasília, às 10 horas, o Senado Federal realizará uma sessão solene em homenagem ao patrono daquela Casa legislativa. No mesmo dia, às 19 horas, ainda na capital da República, o Grupo Migalhas (que atua no campo do Direito, inclusive com o site que leva o mesmo nome) promoverá um coquetel de lançamento de três livros que registram, de modo imorredouro, os 100 anos sem Ruy Barbosa.

Serão lançados o volume I das Migalhas de Ruy Barbosa, com apresentação do presidente da OAB Nacional, Beto Simonetti, e volume II, inédito, cujo prefácio é assinado pelo presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG). As duas obras reúnem centenas de aforismos de Ruy Barbosa, colhidos em seus incontáveis trabalhos. O jornalista e advogado Miguel Matos, editor do site Migalhas, foi o responsável pela seleção das frases e organização do trabalho.

Outro título que será lançado é “Ruy Barbosa – O Advogado da Federação e da República”, de autoria do ex-bâtonnier da advocacia, Marcus Vinicius Furtado Coêlho.

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