O número de assassinatos na capital federal aumentou 22,6% em maio quando comparado ao mesmo mês de 2017. Balanço da Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal (SSP-DF) mostra que 38 pessoas foram assassinadas no mês passado – em maio de 2017 foram 31 mortes. No acumulado dos primeiros cinco meses deste ano, entretanto, o número de homicídios registrou queda de 4,8%, passando de 210 ocorrências para 200.
De acordo com a secretaria, a maioria dos autores (70%) já tinha antecedentes criminais, prevalência também observada entre as vítimas, já que 61% delas tinham ficha na polícia.
O secretário de Segurança Pública Cristiano Sampaio destacou avanços no combate à criminalidade no DF. Em 2016, a taxa de ocorrências de homicídios chegou a 16,3 casos a cada 100 mil habitantes, índice mais baixo dos últimos 29 anos.
A projeção para este ano é o que o DF chegue a uma taxa de homicídios de 15,5 para cada 100 mil habitantes. “Isso nos projeta, talvez, para a terceira ou quarta posição como unidade federativa que tem o menor índice de homicídios de todo o Brasil”, afirmou, acrescentando que, atualmente, o DF ocupa a sexta colocação no ranking nacional.
Roubos e furtos – Entre os crimes contra o patrimônio, que englobam roubos e furtos de toda natureza, incluindo aqueles que envolvem ônibus e estabelecimentos comerciais, o DF registrou uma queda generalizada na incidência de casos em maio, na comparação com o mesmo mês do ano passado.
Em maio de 2017 foram registrados 3.378 roubos a pedestres. No mês passado, as ocorrências caíram 16,5%, para 2.822.
Os roubos em residências foram a única exceção à diminuição no número de crimes contra o patrimônio, com uma alta de 4,8%, passando de 63 para 66 casos, na comparação entre os dois meses de maio. Na comparação do acumulado do ano, entretanto, houve redução de 29%, passando de 379 casos em 2017 para 269, em 2018.
Facções – A Secretaria de Segurança Pública do Distrito Federal tem se preparado para atuar contra eventuais ataques comandados por facções criminosas, a exemplo do que vem ocorrendo, nos últimos dias, em Minas Gerais e no Rio Grande do Norte.
De acordo com o secretário Cristiano Sampaio, o governo tem acompanhado os episódios “muito atentamente” e as equipes de inteligência têm buscado compreender a lógica desses acontecimentos, a fim de responder adequadamente, caso sejam acionadas.
Segundo ele, o local onde as facções criminosas mais se articulam, em regra, é dentro dos presídios e, no DF, o sistema penitenciário é bem preparado para coibir esse tipo de ação.
“Aqui é, certamente, uma das poucas unidades da federação onde quem manda do presídio para dentro continua sendo o Estado”, disse.