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O resto é resto

Hora da verdade para Ciro, Marina, Alckmin e Bolsonaro

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Cláudio Coletti

Faltando pouco mais de dois meses para as eleições de 7 de outubro, estão praticamente definidos os candidatos que vão participar da corrida presidencial: Geraldo Alckmin (PSDB), Ciro Gomes (PDT), Marina Silva (Rede), Jair Bolsonaro (PSL) e mais um candidato do PT. Vários pré-candidatos lançados lá atrás, como o deputado Rodrigo Maia, os ex-ministros Afif Domingos, Henrique Meirelles, Aldo Rabello e Flávio Rocha não conseguiram consolidar suas candidaturas, não ultrapassando o índice de 1% das intenções de votos nas pesquisas eleitorais.

O PT vai insistir na manutenção, da candidatura de Lula, com ele preso ou em liberdade, até a decisão final do Tribunal Superior Eleitoral sobre sua elegibilidade, o que deverá acontecer no dia 15 de agosto, último dia para o registro dos candidatos. A expectativa dos meios políticos e jurídicos é que será declarada a inegelibidade de Lula, por ele não atender as exigências da Lei da Ficha Limpa.

Lula será declarado “ficha suja” pela sua condenação, em segunda instância, de prisão por 12 anos e um mês, em regime fechado, pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro, no caso do tríplex do Guarujá. O PT recorrerá ao Supremo Tribunal Federal dessa decisão. Se mantida a impossibilidade da candidatura Lula, a cúpula do PT partirá para o Plano B, que consistirá na indicação do ex-prefeito da cidade de São Paulo Fernando Haddad, para substituir Lula na cédula das urnas eleitorais. A campanha eleitoral sem Lula candidato, ganhará uma nova dimensão.

Geraldo Alckmin avançou nas suas articulações, conseguindo adesão à sua candidatura dos DEM, PP, PSD, PTB, PRB, Solidariedade, e bom número de parlamentares do MDB. Ao indicar o prefeito de São Paulo, Bruno Covas, como coordenador da sua campanha, unificaram os tucanos paulistas em torno da sua campanha e a do João Doria, candidato ao governo paulista. Alckmin, com a adesão da maioria dos partidos do centro- direita, ocupará o maior espaço no horário da televisão e rádio.

Ciro Gomes continua disputando com o PT o apoio do dividido PSB. Sua estratégia é tentar abocanhar votos do PT, caso o candidato venha ser Fernando Haddad.

Marina Silva tem encontrado dificuldades para impulsionar sua campanha, pelo pouco tempo que terá na televisão e dispor de poucos recursos para tocar a campanha. Ensaiou um acordo com o PPS, mas até agora nada definido.

Jair Bolsonaro, por suas posições radicais em relação a temas diversos, não tem conseguido aumentar o núcleo de apoio à sua candidatura. Negocia com o PR a possibilidade de o seu candidato a vice-presidente ser o senador capixaba Magno Malta, que tem boa liderança entre os evangélicos. Com Lula fora da disputa presidencial, Jair Bolsonaro, hoje, lidera as pesquisas eleitorais, com 20% das intenções de votos.

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