Guilhermina Coimbra
O que se observa em termos de descalabro, balbúrdia, situação confusa, “disses-me-disses” de uns imputando aos demais, o que de pior governantes poderiam fazer na administração de um Estado continental como o Brasil, não passa de cortina de fumaça para embaçar e disfarçar a conseqüência da luta pelo controle das riquezas – hidrocarbonetos/petróleo, gás, minérios nucleares/urânio, nióbio, tório, lítio e outros – do solo e subsolo do Brasil.
O objetivo final é a entrega dos referidos bens, às corporações estrangeiras e às corporações nacionais privadas.
A cortina encobrindo a situação atual do Brasil é considerada mais um golpe de terceiro mundo – porque, alguns Promotores, Procuradores e Juízes apostaram no quanto pior melhor, abandonando o trabalho em benefício do país de onde são naturais e de onde recebem seus estipêndios, salários, benesses, etc..
Tem sido uma verdadeira sucessão de ações e atos deliberados, premeditados, propositais, objetivando a destruição da economia e a entrega do patrimônio público brasileiro.
Por trás da cortina, a população brasileira não tem dúvidas.
O objetivo é manter o status quo intacto, do que pensam ser a Colônia-Brasil através dos mandatários garantidos pela metrópole.
…”Trata-se não somente da já conhecidíssima e comprovada incompetência, negligência, omissão, ignorância e perversidade de políticos usurpadores e patifes, mas, sobretudo, da vontade de destruir o Brasil, aniquilá-lo como Nação soberana e de importância mundial, com economia sólida, que tem como alicerce o fortalecimento e a valorização do mercado interno, como fazem e fizeram todos os países considerados desenvolvidos, porque “se a farinha é pouca, meu pirão primeiro”. (In SENA Filho, Davis – Palavra Livre).
A roubalheira e a exploração em massa das riquezas do Brasil tem sido uma constante. A luta para dominar o Brasil, a fim de fazê-lo servir e transformá-lo em colônia tem sido incessante. São muitos os interessados em mandar no Brasil.
Pensam poder vender o Brasil, a toque de caixa, a alienando o patrimônio público nacional construído por gerações e gerações de brasileiros.
É de conhecimento público o fato de que o mercado interno é a maior riqueza de todo País, principalmente, do tamanho geográfico do Brasil, um país continental, que se basta em todas as áreas da economia, industrializado e com uma população de 207 milhões de habitantes.
Aqueles que se pretendem governantes do Brasil ignoram – como uma espantosa ausência de saber por falta de informação, na melhor das hipóteses – a inteligência do querer nacional brasileiro.
Perguntando a qualquer um deles sobre a vontade da população brasileira, certamente vão gaguejar, titubear – ou, porque não sabem, ou, porque, não querem trabalhar contra os próprios interesses – mas, jamais responderão admitindo que:
– a população brasileira quer continuar com as efetivas políticas públicas com exigência de conteúdo local e nacional;
– a população brasileira quer que se criem barreiras tarifárias para proteger determinados mercados e certos produtos fabricados no Brasil;
– os nacionais e estrangeiros residentes no Brasil quer que sejam realizadas tratativas e que os contratos internacionais assinados determinem a transferência de conhecimento tecnológico e científico.
– a população brasileira delegou o poder de ser governada sem esquecer jamais que o Brasil se basta em todas as áreas da economia e que se o Brasil se fechar, ele sobreviverá.
-a população brasileira quer que os seus representantes saibam fazer exigências justas a todos os contratantes.
-a população brasileira entende como obrigação dos contratantes brasileiros internacionais, defender primeiro os interesses do Brasil;
-a população brasileira não admite que os interesses do Brasil sejam preteridos pelos interesses dos contratantes brasileiros – aqueles que assinam, em nome da população brasileira compromissos gravosos aos seus interesses.
É desta forma que os países, ora desenvolvidos, se desenvolveram historicamente, preservando seus mercados internos, negociando de forma transparente e de igual para igual. As características do Brasil sempre foram a da resistência a tudo o que puder prejudicar a população brasileira e a preservação da soberania.
A população brasileira atenta exige que os governantes do Brasil entendam:
– o Brasil tem que se manter soberano, protagonista e aberto a negociações com outros Estados, atores em termos planetários, um construtor de pontes e não de muros, a exemplo do Mercosul, do G-20, dos BRICS (Brasil-Índia-China- África do Sul) da UNASUL (União das Nações Sul Americanas) e das relações comerciais Sul-Sul (CONE SUL), aproximando o Brasil da África e conquistando novos mercados, nele incluído o Oriente Médio como parceiro indispensável da economia brasileira;
– o Brasil é respeitado por países poderosos, como a China, a Índia, a Rússia e os europeus da União Européia, assim como pelos norte-americanos dos Estados Unidos e pelos canadenses do Canadá, na América do Norte;
– os brasileiros se recusam terminantemente a pensar o Brasil subserviente, subalterno e claramente determinado a ser servil para obter vantagens em forma de privilégios e benefícios individuais para uma mínima minimorum parcela de brasileiros, os quais se consideram os mandatários de sócios fora do Brasil.
A população brasileira com humor abomina aqueles que fora ou dentro do Brasil pensam poder determinar – através de golpes ridiculamente repetitivos – o que deve ser feito para manter os respectivos status quo de ricos e muito ricos da plutocracia e aristocracia internacional e nacional.
A população brasileira exige e merece um projeto de independência e de desenvolvimento especificamente para o Brasil.
O documento conhecido como “Uma Ponte para o Futuro”, não passa de um apanhado de crendices econômico-financeiras elaborado pelo mercado de capitais dominado por banqueiros nacionais e internacionais, cujos testas de ferro tentam dominar a Presidência da República e o Estado brasileiro.
Vão ficar querendo, não se iludam os mandantes com os mandatários.
A população brasileira atentamente percebe a privatização não oficial do Banco Central, através de sua atuação pró-mercado, privilegiando os rentistas e os especuladores.
Economistas e financistas vinculados aos interesses dos mercados de capitais – completamente despreparados – não têm condições de pensar o Brasil.
Pensar o Brasil é :
-jamais entender e/ou pretender o Brasil como Colônia;
-entender que o Brasil, por ter território continental se basta em todas as áreas da economia;
-não se deixar cooptar pelas grandes corporações bancárias e industriais, ignoram a auto-suficiência do Brasil que necessita urgentemente tê-la bem administrada em benefício dos residentes no país;
– não se tornar medíocre: os medíocres são os irremediavelmente colonizados, que não conhecem, de fato, o potencial do Brasil.
São indivíduos competentes no que fazem, mas submetidos às diretrizes do mercado de capitais negociando os interesses do mercado, tentando dominar o panorama econômico em forma de políticas econômicas, financeiras e monetárias neoliberais.
Todas as políticas econômicas, financeiras e monetárias neoliberais se provaram políticas de espoliação e pirataria, já experimentadas, fracassadas e rechaçadas de forma retumbante onde foram aplicadas.
A população brasileira atenta ao que vem ocorrendo ao redor do mundo questiona,esses alienados, que somente se preocupam em fazer politicagenszinhas de partidinhos políticos os quais – absolutamente não representam o querer nacional brasileiro e nem, muito menos, a vontade da população brasileira – os nacionais e estrangeiros residentes no Brasil.
A população brasileira percebe a blindagem dos comprometidos com os interesses internacionais, nas recentes prisões ridiculamente espetaculosas e parciais. Verdadeira tentativa de desorientar a população brasileira.
A população percebe um dos Poderes da República como verdadeiro capitão do mato da casa grande, estando a fazer o trabalho sujo do sistema hegemônico, completamente ignorante ou alheio ao que diz respeito à autonomia, independência e desenvolvimento do Brasil.
A percepção brasileira é no sentido de que se esforçam para recolocar o Brasil na órbita de influência de seus amiguinhos preferenciais, bem como garantir o poder das oligarquias nacionais, desempregando quase 15 milhões de brasileiros, privatizando a previdência pública para os bancos privados, precarizando o trabalho e validando o “combinado” sobre o legislado, nas negociações trabalhistas, em se tratando de melhores salários e condições de trabalho.
Tentam amenizar o papel terrível e vergonhoso que se prontificaram a fazer por meio de acusações infundadas, inverídicas, distorcidas e manipuladas.
A população brasileira percebe a covardia contra os interesses dos residentes no Brasil e insiste em não acreditar que tudo acontece à vista do Poder Judiciário aberto, sem pejo, para os políticos da perseverante política terceiro-mundista que insistem em perpetuar no Brasil.
A população brasileira perceptiva é bem humorada e amiga.
O Brasil já resistiu antes. A tradição do Brasil é a de resistir.
Resista Brasil.
Resista, resista e resista, Brasil!
O Brasil merece respeito.