O hordéolo, mais conhecido como terçol, é uma inflamação das glândulas localizadas nas pálpebras e a complicação pode ou não estar associada à presença de bactérias. Brasilienses costumam sofrer mais com o problema, pois o tempo seco altera o funcionamento natural das glândulas.
Adelmo Jesus, oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos, em Brasília, explica que pele muito oleosa e maquiagem – se não retirada de forma adequada – são potenciais causadores da inflamação. “É importante analisar os cílios quando for fazer avaliação oftalmológica”.
Além disso, a limpeza deles com shampoo neutro infantil e água podem diminuir as chances de terçol”, explica. O médico reforça que quando há o aparecimento da blefarite, também chamada de “caspa de cílios”, é comum que as pálpebras fiquem cobertas por detritos oleosos, causando inflamações.
Além de não ser contagioso, o terçol não está relacionado à questões genéticas. Segundo o médico, uma simples compressa de água morna pode aliviar o incômodo. “O mais recomendável é que se procure um oftalmologista para fazer a avaliação correta. Além de compressas, o médico pode até indicar pomadas antibióticas para auxiliar no tratamento”, pondera.
Sintomas – O terçol é avaliado como uma patologia simples, mas os sintomas costumam gerar incômodo. “Inchaço nas pálpebras, dor e vermelhidão são os mais comuns. A inflamação não afeta a capacidade de enxergar, mas causa a sensação de ‘corpo estranho’ nos olhos”, completa o médico.
Adelmo reforça que a receita popular que sugere esfregar uma aliança nas mãos até esquentar e colocar sob olhos é coerente. “O calor age exatamente como a compressa morna. Pedimos atenção para a higienização das mãos e da aliança antes de realizar o procedimento” explica. Quando não há drenagem espontânea da secreção, surge o calázio (protuberância avermelhada nas extremidades dos olhos) que muitas vezes se desenvolve após o terçol e possui sintomas parecidos.