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Hospitais estaduais retomam atividades e emergências recebem medicamentos

Beth Brusco

O funcionamento das principais emergências hospitalares da rede estadual de saúde começou a ser restabelecido nesta quinta-feira (24), a partir da primeira ação prática do gabinete de crise, criado nesta quarta-feira (23) pelo governador Luiz Fernando Pezão, em parceria com o Ministério da Saúde e a Prefeitura do Rio. Pela manhã, milhares de medicamentos e materias hospitalares, doados pelo governo federal, foram entregues nos hospitais Rocha Faria, Alberto Torres e Adão Peireira Nunes.

Nesta primeira etapa, cerca de 300 mil itens – que vão de luvas cirúrgicas a agulhas e próteses ortopédicas – chegaram às unidades. Os insumos somam R$ 20 milhões. Novos lotes serão distribuídos para outros hospitais do estado, já na próxima semana.

Pezão anunciou que as organizações sociais (OSs) começaram a pagar, hoje, fornecedores, enfermeiros e médicos.

– Esperamos que, a partir de segunda-feira, esses pagamentos se normalizem. Ontem à noite, tive mais sinalizações de recursos entrando no caixa do estado na segunda-feira. Tudo o que entrar, vou destinar para pagamentos da Saúde, para normalizar a situação e entrarmos janeiro com tranquilidade – afirmou Pezão, que acompanhou a saída das doações, no Hospital Federal da Lagoa.

Procedimentos cirúrgicos
O secretário nacional de Atenção à Saúde, Alberto Beltrame, anunciou hoje que pacientes internados nos hospitais estaduais poderão realizar cirurgias em unidades federais, caso seja necessário.

– A rede federal pode recebê-los, realizar o procedimento e, depois devolvê-los para recuperação na unidade estadual – antecipou Beltrame.

O representante do Ministério da Saúde reiterou que a parceria da União com o Governo do Rio, além de financeira, é técnica e material.

– O Instituto Nacional do Câncer já entregou dietas para pacientes de vários hospitais da rede estadual, o que é uma forma de materializar e dar uma concretude ao auxílio do governo federal. Ao todo, 25 pacientes já foram transferidos de hospitais estaduais para federais – detalhou Beltrame.

O Rio decretou estado de emergência na Saúde. A iniciativa, assim como o gabinete de crise, tem duração de 180 dias e visa a superar burocracias no abastecimento dos hospitais.

Pezão anunciou ontem a obtenção de R$ 297 milhões para iniciar a regularização do atendimento nas emergências. Os recursos chegarão às unidades de saúde por meio de convênio firmado com a Prefeitura do Rio (R$ 100 milhões), do Ministério da Saúde (R$ 135 milhões), além de R$ 152 milhões de receita de ICMS.

A previsão é de que os valores oriundos da arrecadação de ICMS e da Prefeitura do Rio estejam disponíveis para a secretaria de Saúde já nos próximos dias. Dos repasses federais, R$ 45 milhões chegaram essa semana e já estão sendo aplicados na quitação de débitos com fornecedores; R$ 15 milhões estarão disponíveis no dia 30; e os outros R$ 75 milhões serão repassados ao estado no dia 10 de janeiro.

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