Hulk vai de quase herói a quase vilão em um jogo dramático
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emErro no gol chileno, pênalti desperdiçado e um gol quase salvador, mas anulado pela arbitragem. No dia em que a Seleção Brasileira foi às cordas contra o Chile, no Mineirão, Hulk flertou com o rótulo de vilão, também foi valente em vários momentos e acabou feliz como todos os brasileiros na disputa por pênaltis.
O Brasil eliminou os rivais em um Mineirão pleno após empate por 1 a 1 em 120 minutos. Hulk, um desafogo para a Seleção em momentos difíceis do jogo, também teve erros cruciais. O pior deles justamente quando a equipe da casa parecia pronta para matar os chilenos nos pênaltis, mas acabou por aumentar o sofrimento da torcida.
Depois de trinta minutos o lance que apagou a equipe surgiu em uma simples cobrança de lateral no campo de defesa. Marcelo arremessou para Hulk e esperou de volta, mas a devolução foi fraca. Atentos, os chilenos se aproveitaram e Alexis Sánchez recebeu no centro da área para vencer Júlio César.
O técnico Felipão irritou à beira do gramado, chegou a fazer reclamações na direção de Marcelo e pouco a pouco o time vibrante do início de jogo se apagou. Quando tentava sair com a bola dominada, como Hulk e Marcelo fizeram no erro crucial, o Brasil se perdia. Luiz Gustavo e David Luiz, por exemplo, permitiram oportunidades aos chilenos.
Na volta do intervalo, Hulk parecia disposto a não se entregar pelo vacilo. Foi com ele, nos momentos mais difíceis, que o ataque brasileiro contou na etapa final. Aos 10min, o Mineirão chegou a se levantar depois de um gol marcado, mas anulado por Howard Webb. As câmeras não levaram a uma conclusão definitiva, mas o paraibano teria ajeitado com o braço antes de finalizar de canela, mas com perfeição.
Aos 30min, Hulk arrancou pela ponta esquerda e colocou um passe preciso no segundo pau – Jô acabara de entrar e não conseguiu completar diante do goleiro Bravo. Já pelo lado oposto, onde consegue ser mais incisivo, coube novamente a Hulk um lance que levantou na torcida. Da entrada da área, o atacante limpou para o pé direito e chutou forte, mas Bravo pegou.
Na prorrogação, Hulk voltou a flertar com o título de herói, mas também arrancou reclamações dos torcedores. Ele acertou um cruzamento preciso para Oscar, que cabeceou fraco, mandou um chute violento de fora da área, defendido por Bravo, e teve em seu pé direito a bola da vitória: em arrancada no contra-ataque, Neymar passou para ele, mas a conclusão foi travada por Diáz e o jogo foi para os pênaltis.
Hulk foi valente em muitos momentos, mas particularmente não estava mesmo em um dia bom. Autor da quarta cobrança de pênalti, ele faria 3 a 1 para o Brasil se convertesse. Bravo catimbou e apontou para o canto esquerdo, mas o paraibano chutou no meio – e também nos pés do goleiro chileno. Socorrido imediatamente por Luiz Gustavo e David Luiz, ainda anestesiado, ele contou com o erro do zagueiro chileno Jara e a vitória por 3 a 2 para escapar do título de vilão.