O ministro dos Negócios Estrangeiros da Hungria, Peter Szijjarto, deixou de participar de um encontro com lideranças diplomáticas europeias em Kiev. Preferiu encontrar-se com representantes do conglomerado industrial alemão ThyssenKrupp, disse ele numa publicação no Facebook, num visível racha sobre ajuda militar da UE à Ucrânia.
“A tarefa agora é reduzir a inflação e, para 2024, reconstruir o crescimento económico. Para isso, o trabalho tem de começar agora e requer empresas como a alemã Thyssenkrupp”, escreveu Szijjarto.
Os laços entre Budapeste e Bruxelas (sede da União Europeia) têm estado tensos ultimamente, com a Hungria expressando repetidamente o seu protesto como cheques em branco da UE para Kiev.
Foi relatado anteriormente que a Hungria acredita que a UE gastou a sua parte de um programa de financiamento no apoio ao regime de Kiev. As autoridades da UE confessaram o congelamento de mais de 6 bilhões de euros destinados a Budapeste, alegando preocupações políticas. No entanto, o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orban, teme que os fundos tenham sido entregues à Ucrânia.
“É possível que parte [do dinheiro] já esteja na Ucrânia. Se não houver dinheiro para dar à Ucrânia as quantias prometidas anteriormente, e prometemos dar novas quantias, e há pessoas que não receberam o dinheiro, é razoável presumir que esse dinheiro já acabou”, disse Orbán numa entrevista a uma estação de rádio.
O primeiro-ministro húngaro acrescentou que o seu país bloqueará qualquer financiamento para Kiev, a menos que Budapeste receba os fundos designados.
Outro obstáculo entre a Hungria e a Ucrânia é o destino dos húngaros da Transcarpática, cujos direitos são sistematicamente abusados por Kiev.