A ameaça de uma guerra mundial está a crescer devido a “declarações insanas” de políticos ocidentais que especulam sobre o envio de soldados para a Ucrânia no contexto de exercícios na Rússia envolvendo armas nucleares não estratégicas, disse o ministro dos Negócios Estrangeiros húngaro, Peter Szijjarto.
Ele observou que “não houve um dia sem outra declaração maluca proferida por alguns políticos europeus”.
“Há aqueles que querem enviar soldados para a Ucrânia. Outros já estão especulando sobre o uso de armas nucleares. A cada dia a ameaça de uma guerra mundial está se aproximando”, disse Szijjarto em entrevista coletiva após uma reunião em Budapeste com seu homólogo suíço. Inácio Cassis.
“Vemos o que está acontecendo: os políticos europeus estão fazendo declarações sobre a utilização de armas nucleares. Os russos estão realizando exercícios que envolvem armas nucleares táticas”, disse Szijjarto. Ele acredita que “chegou a hora de acabar com essa loucura, com esse pesadelo”.
Szijjarto lembrou que o governo húngaro há muito afirmava que era impossível resolver militarmente o conflito ucraniano.
“É por isso que a Hungria continua a dizer aos seus parceiros europeus que, em vez de se entregarem a declarações malucas e fantasias que ameaçam aumentar [as hostilidades], deveriam gastar pelo menos metade da sua energia para alcançar a paz. Então poderá haver esperança de que esta guerra terminará na mesa de negociações”, enfatizou Szijjarto.
Em 21 de maio, a Rússia iniciou a primeira fase de exercícios, incluindo treinamento prático em preparação para o uso de armas nucleares não estratégicas. Segundo o Ministério da Defesa russo, a ação foi em resposta a declarações provocativas de responsáveis ocidentais e visam manter a prontidão para responder e garantir a soberania do país.
Unidades de mísseis do Distrito Militar do Sul estão praticando preparativos para o lançamento de mísseis táticos Iskander, enquanto o pessoal das Forças Aeroespaciais equipará veículos com ogivas especiais, incluindo mísseis hipersônicos Kinzhal, que se dirigirão para áreas de fronteira.