Separando o joio do trigo
Ibaneis Rocha, da OAB para o Palácio do Buriti?
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emEstá tudo embolado e misturado na briga pelo Palácio do Buriti. Mas nem todos os concorrentes são farinha do mesmo saco. É assim que a sociedade está vendo a disputa eleitoral em Brasília. E à medida em que o dia de ir às urnas se aproxima, o eleitor se convence que há como separar o joio do trigo.
Sem chances de chegar ao Buriti, uma espécie de Paraíso para muitos políticos, houve quem desistisse da batalhapelo voto e ficar no Purgatório. É o caso de Jofran Frejat (PR), que transferiu seus ameaçadores capetas para que Alberto Fraga (DEM), promovesse suas diabruras na campanha.
O joio, ‘Filho do Diabo’, é do mal. Tenta prejudicar quem está à sua frente. Corrompe na tentativa de levar vantagem. Vive infestado por fungos que destroem o que se coloca em seu caminho. E o antídoto contra ele é o voto consciente. De quem quer mudar de vez a sujeira da política.
Entre todos os candidatos, há um filho de Brasília, e que nasceu com a cidade. É um fato inédito. Atende pelo nome de Ibaneis Rocha (MDB). E pela primeira vez na história, o Distrito Federal pode ter um governador genuinamente brasiliense.
Semeando a terra – Ibaneis é filho de pais piauienses. O pai era funcionário da Telebrasília e a mãe, auxiliar de enfermagem. O casal chegou a Brasília atraído pelo sonho de JK e em busca de uma vida melhor. Ibaneis nasceu em 1971 no Hospital de Base. Faz parte da primeira geração de brasilienses legítimos. E agora quer governar a cidade onde nasceu.
Por obra do destino, a família precisou voltar à terra natal, Corrente. O menino Ibaneis tinha oito anos. Pouca idade, mas ele já mostrava que isso não o impediria de voar. Aos 11, decidiu que queria trabalhar, ganhar seu próprio dinheiro e amadurecer. Foi empacotador de supermercado, produtor agrícola, feirante e distribuidor.
E a pequena Corrente ficou pequena para tanta determinação em crescer. Aos 16 anos, o então adolescente retornou à capital Federal. Morou com as tias em Sobradinho, estudou e se formou em Direito pelo Ceub.
Era o início de uma trajetória brilhante e respeitada como advogado. Especializou-se na defesa dos direitos dos trabalhadores e dos servidores públicos. Galgou todos os cargos dentro da Ordem dos Advogados do Brasil, Seccional do Distrito Federal. Esse esforço foi recompensado em 2013, quando se tornou o primeiro advogado brasiliense a ocupar a presidência entidade.
Colhendo frutos – O apoio maciço, com 7 mil 225 votos, foi conseguido levantando as bandeiras da valorização categoria e da defesa da sociedade civil organizada. E o povo mais vulnerável socialmente passou a ter direito a um advogado.
À frente da OAB, Ibaneis denunciou o crescimento da violência urbana no Distrito Federal. E derrotou o governo petista de Agnelo Queiróz ao impedir que o cidadão de Brasília fosse prejudicado com a redução dos benefícios do programa Nota Legal.
Essa personalidade forte e determinada alimentou um dos capítulos mais importantes da vida de Ibaneis. Para ele, governar o Distrito Federal representa mais do que apenas ocupar um posto no Executivo. É a oportunidade de devolver à cidade que o ajudou a ser quem é tudo o que, segundo suas próprias palavras, foi retirado da sociedade ao longo de gestões incompetentes e voltadas para interesses pessoais.
“Eu não quero ser governador para tirar nada para mim, eu já tenho o suficiente, que foi conquistado com meu trabalho. Quero trabalhar para quem precisa do Estado. A população está carente de serviços públicos que funcionem, que atendam suas necessidades. O GDF está parado, abandonado. Não é possível continuar assim. O povo está cansado de ser usado por políticos interesseiros”, desabafou Ibaneis em conversa com Notibras.
Se o povo souber separar o joio do trigo, afirma o candidato, Brasília voltará a ser uma terra de oportunidades e esperança para todos. E é assim, semeando um futuro de prosperidade, que Ibaneis pretende colher votos. “Eu sei que posso fazer uma boa gestão, sem os vícios dos políticos, com uma nova visão para a nossa capital. Eu valorizo a força do trabalho e é do que mais precisamos agora”, finaliza.