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Ibaneis será juiz legal ou um advogado do Diabo?

Foi-se o tempo em que assinatura de politico em documento firmado durante campanha eleitoral tinha algum valor. Os moradores das quadras 700, da Asa Sul, que o digam. Aliás, não só dizem, como provam. O alvo é o governador Ibaneis Rocha, recém-empossado para mais um mandato. O foco é a reconstrução da quadra de vôlei de areia na Praça da Melhor Idade, na EQS 705/706.

O local foi reformado há exatos 10 anos. Mas, como desgraça pouca é bobagem, as autoridades da época deram ‘chá de sumiço’ no espaço destinado à prática de voleibol e outras modalidades esportivas. O que sobrou foi um retângulo totalmente desfigurado no gramado, ao lado da quadra poliesportiva, que a maioria dos moradores diz ser monopolizada pelos homens apenas para o futebol e o basquete.

Os ventos pareceram mudar de direção há cinco anos, quando, na condição de candidato ao Palácio do Buriti, o governador agora reeleito assumiu o compromisso de atender à demanda da comunidade. Novos tempos estavam chegando e o clima de euforia contagiou todo mundo. Mas, qual o quê. O velho ditado de que a palavra dada não se volta atrás, se estende agora a assinatura em documento formal.

A promessa não cumprida por Ibaneis em quatro anos, está sendo cobrada de novo. A prova de que ele (o governador) disse que faria e não fez, existe, como mostra a reprodução do documento que encabeça este texto. Para os moradores, porém, vale menos do que um ‘fio de bigode’, afirmam representantes das quadras, cansados de aguardar solução para um problema que aflige principalmente os idosos e as mulheres.

Agora a pedida é outra, bem mais prática e menos onerosa: uma quadra com piso de concreto, que servirá também para frescobol (baixando a rede do vôlei) e até para jogar peteca.

O entendimento geral é o de que o vôlei teria uma adesão muito maior que o futebol ou o basquete, pois serve de integração entre jovens e idosos, entre homens e mulheres. A expectativa é a de que Ibaneis reconheça sua assinatura no documento; e que faça o papel de juiz da legalidade, e não de advogado do Diabo.

As manifestações pró-quadra de vôlei vêm ganhando força. O tom de voz se eleva. E o coro dos insatisfeitos pode soar ainda mais alto, a ponto de decibéis bem acima do permitido transformarem as vidraças do Buriti em estilhaços. Isso, ao menos, é o que dizem moradores.

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