O Governo do Distrito Federal vai iniciar as obras de sete novas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) que vão reforçar a rede pública de saúde. O investimento será de R$ 28,1 milhões e contará com o apoio de emendas parlamentares.
As novas UPAs serão erguidas no Paranoá, em Brazlândia, no Riacho Fundo II, no Gama, em Ceilândia, em Vicente Pires e em Planaltina. Elas se juntam às seis existentes, em funcionamento nas cidades de Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, São Sebastião e Sobradinho. Assim que as novas unidades forem concluídas, o DF chegará a 13 UPAs no total.
Em 17 de março, o GDF assinou o contrato com as três empresas responsáveis pelas obras das UPAs. Nesta segunda (13), foi referendado o acordo para o início das construções já nos próximos dias.
Cada unidade terá capacidade de atendimento para 4,5 mil pessoas por mês, totalizando 31.500 mil nas sete unidades. São mais 42 leitos de observação, 14 de emergência e sete isolamentos. Essas unidades terão de dois a três médicos durante o dia e a noite, totalizando cinco profissionais por dia. A área construída aproximada de cada uma delas é de 1,2 mil metros quadrados.
O espaço ainda contempla uma área para classificação de risco e primeiro atendimento; três consultórios; duas salas de urgência; seis de observação e um de isolamento. Também há área destinada para nove poltronas de medicação, reidratação e inalação. Para reforçar essa estrutura, o Iges-DF vai aplicar R$ 7 milhões na compra de equipamentos médico-hospitalares.
A cerimônia desta segunda-feira (13) contou com a presença do governador Ibaneis Rocha; do secretário de Saúde, Francisco Araújo; do presidente do Instituto de Gestão Estratégia de Saúde (Iges-DF), Sérgio Costa; do chefe da Casa Civil, Valdetário Monteiro; do secretário da Juventude, Léo Bijos; do deputado distrital Cláudio Abrantes; e de representantes da construção civil e das construtoras responsáveis pelas obras.
“Mesmo em um momento de crise, como nos últimos dois meses por conta do coronavírus, o nosso sistema de saúde está funcionando e atendendo à população. É com esse pensamento que nós continuamos trabalhando. Não podemos parar a Saúde por conta da Covid-19, temos que dar sequência nos atendimentos e manter a população e hospitais abastecidos”, afirmou Ibaneis Rocha. Na sequência, o governador agradeceu os profissionais da Saúde e disse que as UPAs serão construídas até o fim de 2020.
“A implantação dessas sete UPAs considera nosso processo de planejamento a regiões com vazio assistencial. Dessa forma, vamos conseguir ampliar a capacidade de resposta da porta de entrada da urgência e emergência nas unidades de saúde. Com as sete novas UPAs teremos condições de dar uma melhor resposta às necessidades da sociedade”, destacou Sérgio Costa, presidente do Iges-DF.
A viabilização dessas novas unidades consta das principais metas da Saúde para o ano de 2020, assim como a construção de quatro Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e do Hospital Oncológico.
“Sete UPAs significam o fortalecimento muito rápido, em menos de dois anos, da atenção secundária de saúde. Estamos ampliando a atenção básica, compondo as equipes, e fortalecendo a atenção terciária. O Iges-DF e a Secretaria de Saúde reforçam, assim, o compromisso de fortalecer a Saúde do DF”, pontuou Francisco Araújo, secretário de Saúde.
O governador Ibaneis Rocha agradeceu o empenho da população em atender às medidas adotadas pelo GDF no combate à Covid-19. Ele também fez um pedido:
“Que a cidade continue, dentro da normalidade, atendendo a tudo aquilo que tem sido colocado de forma bastante clara. Atendendo ao chamado do GDF no sentido de um recolhimento social, evitando aglomerações. A cidade tem obedecido e as pesquisas apontam que temos mantido aproximadamente 60% da população em seus lares, o que tem feito que os números do DF fiquem dentro de uma curva que nos permite trabalhar de forma tranquila com a saúde da população. Esperamos sair dessa crise o mais rápido possível”, disse Ibaneis.
Quando devo procurar uma UPA?
As UPAs são o caminho para atendimento de urgência e emergência em clínica médica, casos de pressão e febre alta, fraturas e cortes e exames como raio-x, eletrocardiograma e demais procedimentos laboratoriais.
Nesses espaços são ofertados serviços de média e alta complexidade, como se fosse o meio-termo entre a Unidade Básica de Saúde e os hospitais. O que determina a ordem de atendimento é a gravidade do risco, e não a ordem de chegada.
O funcionamento em todas as seis unidades do DF (Ceilândia, Núcleo Bandeirante, Recanto das Emas, Samambaia, Sobradinho e São Sebastião) é 24 horas por dia. Elas são administradas pelo Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF).
Os casos de urgência são aquelas situações que requerem assistência rápida, a fim de evitar complicações e sofrimento, enquanto a emergência serve para contextos de ameaça iminente à vida, sofrimento intenso ou risco de lesão permanente, exigindo-se tratamento médico imediato.
Embora atenda a casos de emergência, as UPAs são locais de passagem e observação do paciente em busca de sua estabilização. Quando há necessidade de internação, transfere-se a pessoa para um hospital.
———–