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Ibaneis viaja de novo; povo que se exploda

Foto/Divulgação - Agência Brasília

O super-mega-hiper-ultra-big-milionário Ibaneis Rocha, mal pousou em solo distrital e já está planejando voar novamente. Mais alto. Tomou gosto após adquirir um veículo voador semi usado Beechcraft King Air, cujos hélices estão consumindo boa parte de sua multifortuna, autodeclarada durante a campanha em R$ 90 milhões. Pouco mais de três meses após tomar posse no GDF, já torrou a metade. Além do objeto voador, anunciou a compra de um imóvel para restaurar e metade de uma novilha em leilão pecuário. Com essa gastança, não poderá cumprir a promessa de campanha de reconstruir, com recursos próprios, as casas demolidas pela Agefis.

Observadores e técnicos – oficiais – em controle financeiro da vida alheia, estão preocupados com o governador. E não sabem dizer até quando ele vai recusar o salário mensal público, uma vez que seus cofres pessoais estão perdendo liquidez com muita velocidade. Mas ainda sobraram alguns trocados no bolso, cerca de 10 milhões de euros, que é o suficiente para suprir sua adega com 11 – isso mesmo, onze – garrafas de champanhe Goût de Diamants (R$ 3,8 milhões a unidade), e promover uma sofisticada degustação, como nos velhos tempos de Corrente.

Em meio ao plano de voo, o roteiro segue agora para países do Oriente, Ásia e Europa, onde pretende prometer aos estrangeiros algo que ninguém sabe, em troca de investimentos com destino igualmente misterioso. A ideia não é original. Os dois últimos governadores, Agnelo Queiroz e Rodrigo Rollemberg fizeram isso também. Não deu em nada, além de estadia em bons hotéis e jantares preparados por reconhecidos chefs.

Distante de seu plano original de governo, muito longe das promessas que ostentou, Ibaneis está na capital lusitana para tirar fotos no VII Fórum Jurídico de Lisboa. Sua maior participação será na abertura do 1º Encontro Piauí-Portugal. Pare de gargalhar! Não é fake. O governador do Distrito Federal, provavelmente com seus próprios recursos – vide DODF -, está em viagem ao exterior para tratar de assuntos de interesse do seu querido Estado nordestino, onde passou a infância. Nada a ver com Brasília.

Se as visitas que pretende fazer a outros continentes para captação de recursos que terão o mesmo destino, o Piauí, então será uma pauta a ser questionada, por que ele não está em férias. Os mesmos agentes que acompanham com lupa a movimentação financeira do gastador Ibaneis Rocha, poderão solicitar reforços para entender a utilização de recursos do GDF – seu avião, que ficou na garagem, não é capaz de vencer aqueles itinerários – em assuntos alheios aos interesses dos brasilienses.

Causam estranheza essas movimentações de um governador muito mais presente em assuntos fora do nosso quadrado, do que na pauta de providências imediatas exigidas pelo Distrito Federal. Recordista em nomear gente que não passa pelo crivo da Justiça, Ibaneis está antecipando o que de fato o levou a convencer os eleitores do DF a votar nele: interesses nos palácios de Karnak e do Planalto.

E o Palácio do Buriti? Os mais próximos afirmam que ele admira muito o personagem de Chico Anysio, Justo Veríssimo, e que não hesitaria em responder: “Eu quero que o povo se exploda!”. Do DF, claro.

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