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Idoso, coitado, paga o pato da inflação do fim do ano

Daniela Amorim

A inflação sentida pela população idosa acelerou de 0,67% para 0,93% na passagem do terceiro trimestre para o quarto trimestre de 2016, informou a Fundação Getulio Vargas (FGV) nesta sexta-feira, 13. O Índice de Preços ao Consumidor da Terceira Idade (IPC-3i), que mede a variação da cesta de consumo de famílias majoritariamente compostas por indivíduos com mais de 60 anos de idade, acumulou uma alta de 6,07% no fechamento do ano.

Com o resultado, a variação de preços percebida pela terceira idade ficou abaixo da taxa de 6,18% acumulada em 2016 pelo Índice de Preços ao Consumidor – Brasil (IPC-BR), que apura a inflação média percebida pelas famílias com renda mensal entre um e 33 salários mínimos.

Seis das oito classes de despesa componentes do IPC-3i tiveram registraram taxas de variação maiores no quarto trimestre. A principal contribuição para a aceleração do indicador partiu do grupo Transportes, que passou de alta de 0,22% no terceiro trimestre para 2,37% no último trimestre do ano passado. O item que mais influenciou esse comportamento foi a gasolina, que variou 3,28% no quarto trimestre, ante queda de 1,79%, no anterior.

Os demais grupos com taxas maiores foram Alimentação (de -0,22% para 0,31%), Educação, Leitura e Recreação (de 1,34% para 2,66%), Despesas Diversas (de 0,39% para 1,54%), Comunicação (de 0,52% para 1,03%) e Vestuário (de 0,31% para 0,75%).

Houve destaque para os itens hortaliças e legumes (de -28,20% para -10,73%), passagem aérea (de 9,87% para 31,89%), cigarros (de -2,06% para 2,22%), tarifa de telefone móvel (de 0,86% para 1,63%) e roupas (de 0,11% para 0,98%).

Na direção oposta, o grupo Habitação saiu de alta de 0,72% no terceiro trimestre para queda de 0,16% no quarto trimestre, sob influência da tarifa de eletricidade residencial, que passou de -2,69% para -6,25%. O grupo Saúde e Cuidados Pessoais repetiu a taxa de variação registrada na última apuração, 1,82%.

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