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Imprensa apanha de black blocs em ato de professores

Cerca de 70 pessoas com camisetas pretas e adesivos da Apeoesp (sindicato dos professores) cercaram e agrediram profissionais que faziam a cobertura da manifestação dos docentes nesta sexta-feira, 24, na região central de São Paulo. Um câmera do SBT que reagiu ao ser atingido por sacos de lixo na cabeça foi jogado no chão, recebeu chutes e teve seu equipamento quebrado.

A repórter Michele Barros, um produtor e um câmera da Rede Globo foram perseguidos por três quarteirões e se esconderam num bar para não serem agredidos. A Apeoesp e a PM afirmam que o grupo era de black blocs.

A confusão começou quando o grupo cercou os três profissionais da Globo na Praça da República. Michele e sua equipe tentaram sair do local, enquanto os manifestantes acompanhavam, gritando: “A verdade é dura, a Rede Globo apoiou a ditadura”. Os ânimos foram se exaltando e o cerco aumentou.

Assustados, os profissionais entraram em um bar na esquina das ruas Vieira de Carvalho com Aurora. Ao perceberem que outros câmeras estavam filmando, o grupo passou a jogar sacos de lixo nos profissionais, dando início a uma confusão generalizada que durou 20 minutos.

Um câmera do SBT foi atingido na cabeça e atirou uma cadeira contra os manifestantes. Ele foi derrubado no chão e agredido com chutes e pontapés. Sua câmera foi destruída. Outros dois câmeras também tiveram os equipamentos quebrados.

Neste momento, sindicalistas chegaram afirmando que o grupo não fazia parte da manifestação e era formado por black blocs, informação que foi confirmada pela PM. Os sindicalistas da Apeoesp ajudaram a imprensa a sair do local.

A Tropa de Choque estava na Praça da República e não se deslocou para acompanhar a confusão. Segundo um policial que não quis se identificar, eles não puderam sair do posicionamento porque o objetivo era evitar a depredação do patrimônio público.

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