Marta Nobre, Edição
A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a Associação Nacional de Editores de Revistas (Aner) e a Associação Nacional de Jornais (ANJ) divulgaram nota nesta segunda-feira, 13, criticando o “cerceamento à liberdade de imprensa” imposto pelo Poder Judiciário.
A nota se refere à decisão do juiz Hilmar Castelo Branco Raposo Filho, da 21ª Vara Cível do Tribunal de Justiça do Distrito Federal, que proibiu quaisquer veículos de divulgarem o conteúdo encontrado no celular da primeira-dama Marcela Temer, sob pena de multa de R$ 50 mil.
Reportagem do jornal “Folha de S.Paulo” na sexta-feira, 11, mostrou um hacker que obteve os dados de Marcela Temer, tentou extorqui-la e chegou a afirmar que iria colocar o nome do presidente Michel Temer (PMDB) “na lama”. O governo recorreu à Justiça alegando que o conteúdo no celular da primeira-dama deveria ter o sigilo garantido.
“O conteúdo das mensagens consta do inquérito policial anexado à ação penal, que não está mais sob segredo de Justiça. As associações consideram a decisão judicial um cerceamento à liberdade de imprensa e esperam que a sentença seja revista ou reformada imediatamente, garantindo aos veículos de comunicação o direito constitucional de levar à população informações de interesse público”, diz a nota.