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Inca indica que o Brasil terá mais 1 milhão 200 mil casos de câncer em dois anos

Clarissa Thomé
Nos próximos dois anos, quase 1,2 milhão de pessoas receberão o diagnóstico de câncer no País. A informação é do Instituto Nacional de Câncer (Inca), que lança nesta sexta-feira, 27, as estimativas nacionais para 2016 e 2017. Publicado desde 1995, o documento é um dos que balizam investimentos e políticas públicas de controle e tratamento do câncer.

Pelos cálculos dos pesquisadores, haverá o registro de 596.070 casos a cada ano – as mulheres serão mais afetadas, com 300.870 casos. Três em cada dez brasileiros receberão o diagnóstico de câncer de pele não-melanoma, doença de baixa letalidade. É o tipo de câncer mais comum para ambos os sexos.

Excluindo-se o câncer de pele não-melanoma, as mulheres terão mais diagnósticos de cânceres e mama (57.960 casos/ano), cólon e reto (17.620), colo do útero (16.340), pulmão (10.860), estômago (7.600), corpo do útero (6.950), ovário (6.150), glândula tireoide (5.870) e linfoma não-Hodgkin (5.030).

Entre os homens, os cânceres mais incidentes são os de próstata (61.200), pulmão (17.330), cólon e reto (16.660), estômago (12 920), cavidade oral (11.140), esôfago (7.950), bexiga (7.200), laringe (6.360) e leucemias (5.540), também sem levar em consideração os cânceres de pele.

Regiões – Os dados do Inca mostram que há diferenças regionais. Entre as mulheres da Região Norte, o câncer de mama não será o mais incidente – a doença que mais as afeta é o câncer de colo de útero. A vida sexual precoce e a dificuldade de acesso a exames explica a diferença. Já na Região Sul, o câncer de colo de útero vai para a quarta posição, atrás de mama, cólon e reto e o de pulmão.

Entre os homens da Região Norte e do Nordeste, o segundo tipo de câncer mais comum é o de estômago. Os pesquisadores explicam que isso pode estar ligado ao tabagismo e ao consumo de alimentos conservados no sal, que aumentam o risco. As leucemias estão em sexto lugar na Região Norte, e em nono na classificação nacional

“A realidade do País demanda ações tanto gerais, quanto específicas para determinados grupos, regiões e seus respectivos fatores de risco, como o combate ao fumo de forma geral, mas com ações direcionadas às mulheres jovens, especialmente adolescentes, o combate à obesidade, o incentivo à prática regular de atividade física e a disseminação de informações”, explica o vice-diretor-geral do Inca, Luiz Felipe Ribeiro Pinto.

 

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