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Fantasia de Nero

Incendiários vão a Roma e Cristiano mostra Brasília ao mundo

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José Seabra - Foto de Arquivo

Quem tem boca vai a Roma. Quem escreve também pode ir, lá travestindo-se do incendiário Nero, para criar um ‘rocambolesco’ fogaréu associado à tão não distante Madrid, que sedia, até o próximo dia 27, a Feira Internacional de Turismo. Brasília, rota obrigatória para turistas daqui e de além-mar, está meritoriamente representada nesse evento pelo secretário Cristiano Araújo e um pequeno grupo de assessores.

A indústria do turismo, que gera empregos e renda, contribuindo com uma acentuada parcela do PIB de qualquer país, é a única que não sofre efeitos sazonais negativos. Para isso, porém, precisa estar sempre se movimentando, oferecendo serviços e produtos para quem viaja, seja para conhecer ou rever porque gostou. O papel de Cristiano em Madrid é esse: apresentar a Brasília de hoje para quem conhece apenas os traços originais de Oscar Niemeyer e Lúcio Costa.

É preciso dizer que há muito mais em Brasília do que concreto e linhas arquitetônicas ousadas. A capital transcende sua função administrativa e política, revelando-se como um polo turístico mundial inigualável.

Ao caminhar pelas amplas avenidas, pontes elegantes e edifícios imponentes, é impossível não sentir a grandiosidade do planejamento urbano que tornou Brasília única. As formas inovadoras e a simetria meticulosa dos prédios públicos, como o Congresso Nacional e o Palácio do Planalto, são testemunhas da visão vanguardista que transformou essa cidade no símbolo da modernidade brasileira.

O Lago Paranoá, artificial e majestoso, é um oásis no cerrado, proporcionando momentos de lazer e contemplação. Às suas margens, bares e restaurantes oferecem uma vista privilegiada para os traços curvilíneos da Ponte JK, um marco arquitetônico que se destaca na paisagem. A fusão entre o concreto e a natureza cria um cenário singular, capaz de cativar visitantes de todos os cantos do mundo.

Os Jardins de Burle Marx, verdadeiras obras de arte a céu aberto, rompem a rigidez do urbanismo com suas curvas orgânicas e uma explosão de cores. Os espaços verdes bem cuidados são convites para passeios tranquilos, refletindo a preocupação da cidade com o equilíbrio entre o homem e a natureza.

A cultura pulsante de Brasília se manifesta na Feira da Torre, onde artesãos exibem suas habilidades e produtos únicos. A culinária diversificada é uma celebração dos sabores do Brasil, com restaurantes que oferecem desde pratos tradicionais até experiências gastronômicas contemporâneas.

A cidade também é palco de eventos internacionais, conferências e festivais que atraem participantes de todas as partes do globo. O Centro de Convenções Ulysses Guimarães tornou-se um ícone da arquitetura de eventos, simbolizando a capacidade de Brasília de se reinventar constantemente e se adaptar a novas demandas.

O turismo em Brasília vai além do concreto e da simetria. É uma imersão na história política do Brasil, na diversidade cultural e na harmonia entre o homem e seu entorno. A cidade se destaca não apenas como um destino turístico, mas como um testemunho da capacidade humana de criar algo extraordinário, moldando o futuro com visão e ousadia.

Cristiano Araújo viajou a Madrid para dizer e mostrar algo assim. É papel e obrigação de um secretário de Turismo apresentar ao mundo a cidade por ele representada. Isso posto, vale o velho ditado. Se devagar se vai ao longe, devagar se chega lá. Só não vale é aproveitar a proximidade do reinado de Momo para fantasiar-se de imperador e inventar bacanais no Vaticano.

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