O incêndio de Mendocino, no norte da Califórnia, tornou-se ontem o maior da história do Estado e milhares de bombeiros combatem as chamas. Segundo o Departamento de Florestas e Combate a Incêndios da Califórnia, as chamas já destruíram cerca de 121 mil km² – dez vezes a área de San Francisco e quase a de Los Angeles – e continua a crescer. O tamanho do incêndio superou o de janeiro de 2017, batizado de Thomas. Na época, duas pessoas morreram e mais de 10 mil casas foram destruídas.
Batizado “Complexo Mendocino”, por causa do condado californiano, o incêndio é formado por dois focos separados por poucos quilômetros um do outro, a cerca de 200 quilômetros ao norte de São Francisco. As chamas já destruíram 143 construções e os bombeiros dizem que conseguiram controlar apenas 34% do fogo.
Apesar do tamanho, o incêndio atual atinge uma área rural e, portanto, é considerado menos danoso do que os outros que afetaram o Estado nas últimas semanas. Mesmo assim, as autoridades afirmam que as chamas oferecem risco a pelo menos 11,3 mil casas, cujos proprietários receberam ordens para deixar os imóveis imediatamente.
Aeronaves estão sendo utilizadas no controle às chamas em Mendocino, mas os bombeiros enfrentam dificuldades em razão das elevadas temperaturas que secam a vegetação e facilitam a propagação do incêndio.
Os bombeiros enfrentam cerca de 20 incêndios na Califórnia. O mais destrutivo deles, o Carr, matou sete pessoas no município de Redding e queimou mais de mil casas. Vários pontos do Parque Nacional Yosemite estão fechados à visitação em razão de outro incêndio.