Luiz ventura
Um grande incêndio está atingindo desde o meio da tarde desta quinta-feira, 15, o pátio de cargas da empresa Localfrio, na Margem Esquerda do Porto de Santos, no Guarujá.
O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil do Estado confirmaram que houve vazamento de amônia e pode haver risco às pessoas no entorno.
Segundo o Corpo de Bombeiros, quatro pessoas foram socorridas com intoxicação pela própria empresa. Moradores de Vicente de Carvalho relatam que o bairro está tomado pela fumaça.
A nuvem de fumaça já atinge a cidade de Santos, onde uma criança foi internada com dificuldades para respiração. No bairro da Ponta da Praia, em Santos, moradores reclamam do cheiro forte da fumaça.
A Santos Brasil paralisou temporariamente as operações no Tecon Santos e no Terminal de Veículos (TEV) em função do vazamento de produto químico e do incêndio ocorridos na tarde desta quinta, 14, no terminal da Localfrio, localizado na margem esquerda do Porto de Santos, no município do Guarujá.
O terminal de contêineres da Santos Brasil fica ao lado do terminal da Localfrio. Em nota, a Santos Brasil afirma que evacuou suas instalações no Porto de Santos como medida de precaução e que os funcionários da empresa foram dispensados. A companhia ainda informa que as operações serão retomadas assim que houver a liberação por parte das autoridades competentes.
Em comunicado enviado à imprensa, a Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp) afirma que as manobras de entrada e saída de navios para o terminal de contêineres da Santos Brasil foram suspensas preventivamente pela Capitania dos Portos até que a situação se normalize. A Codesp ainda esclarece que os demais terminais do Porto de Santos operam normalmente.
Segundo a assessoria de imprensa da Localfrio, o incêndio iniciou-se a partir de uma reação química entre a água da chuva e um produto denominado ácido dicloroisocianúrico, que entrou em combustão. As chamas se propagaram e atingiram contêineres próximos.
O terminal da Localfrio opera com cargas frigoríficas, sem interface marítima. Segundo a Codesp, as instalações da empresa não abrangem a área de cais, e as cargas operadas com navios ocorrem principalmente por meio do terminal de contêineres da Santos Brasil.