O Índice Geral de Preços – Mercado (IGP-M) subiu 0,16% na segunda prévia de outubro, ante avanço de 0,27% na segunda prévia de setembro. A informação foi divulgada nesta quarta-feira, 19, pela Fundação Getulio Vargas (FGV). Com o resultado, o índice acumula aumentos de 6,63% no ano e de 8,78% em 12 meses.
A FGV informou ainda os resultados dos três indicadores que compõem a segunda prévia do IGP-M de outubro. O IPA-M, que representa os preços no atacado, subiu 0,19%, após a alta de 0,30% na segunda prévia de setembro. O IPC-M, que corresponde à inflação no varejo, apresentou ligeira alta 0,08% na leitura anunciada nesta quarta-feira, após subir 0,14% no mês passado. Já o INCC-M, que mensura o custo da construção, teve elevação de 0,12%, após registrar aumento de 0,34% na mesma prévia de setembro.
Na primeira prévia deste mês, o IGP-M recuou 0,01%. O indicador é usado para reajuste de contratos de aluguel. O período de coleta de preços para cálculo da segunda prévia foi de 21 de setembro a 10 de outubro.
Os preços dos produtos agropecuários caíram 0,78% no atacado, na segunda prévia do IGP-M de outubro, após uma queda de 0,34% apurada na segunda prévia do mesmo índice em setembro, aponta a FGV.
Já os preços dos produtos industriais no atacado tiveram aumento de 0,59% na leitura anunciada nesta quarta, ante alta de 0,57% em setembro.
No âmbito do Índice de Preços por Atacado segundo Estágios de Processamento (IPA-EP), que permite visualizar a transmissão de preços ao longo da cadeia produtiva, os preços dos bens finais subiram 0,25% na segunda prévia de outubro, após caírem 0,24% na segunda prévia de setembro.
Já os preços dos bens intermediários apresentaram ligeira alta de 0,09% no índice divulgado nesta quarta, após recuo de 0,21% na segunda prévia do mês passado. Por fim, os preços das matérias-primas brutas tiveram elevação de 0,24%, depois da alta de 1,51% na segunda prévia de setembro.
A desaceleração da variação de preços de commodities como a soja e o minério de ferro contribuiu para manter a inflação no atacado controlada, na leitura da segunda prévia de outubro do IGP-M. Já nos preços ao consumidor, os alimentos fizeram a diferença na desaceleração, na comparação com as variações da segunda prévia de setembro.
Alguns dos itens que mais desaceleraram no IPA-M foram minério de ferro (9,09% para 1,73%), leite in natura (2,80% para -3,72%) e soja em grão (-0,18% para -1,33%).
Já no IPC-M, que desacelerou de 0,14% para 0,08%, na mesma comparação, três das oito classes de despesa componentes do índice registraram decréscimo em suas taxas de variação, segundo a FGV. “A principal contribuição partiu do grupo Alimentação (0,11% para -0,26%). Nesta classe de despesa, cabe mencionar o item frutas, cuja taxa passou de 5,18% para -4,46%”, diz nota distribuída pela FGV.