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Indústria pesada vê quadro negro, apóia Lava Jato e cobra a governabilidade

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André Ítalo Rocha

Uma das entidades empresariais com assento no Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social, o chamado “Conselhão”, do governo federal, a Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq) divulgou nota nesta quinta-feira, 24, na qual manifesta apoio ao Poder Judiciário, à Polícia Federal e ao Ministério Público na condução da operação Lava Jato.

O texto, assinado pelo presidente da Abimaq, Carlos Pastoriza, diz que os atos ilícitos praticados por políticos resultaram “em uma das maiores crises políticas e econômicas da história do Brasil”. Na única menção ao impeachment, Pastoriza afirma que é “imprescindível restabelecer a governabilidade” independentemente dos desdobramentos do processo de afastamento da presidente Dilma Rousseff. “O Brasil tem pressa”, afirma.

A Abimaq também declara que as instituições brasileiras estão em “pleno funcionamento” e que isto é fruto do amadurecimento da democracia brasileira. “Neste contexto, reiteramos as expressões do nosso total e irrestrito apoio ao princípio da legalidade, respeito aos preceitos estabelecidos na Constituição Federal e obediência ao devido processo legal”, diz.

O documento destaca ainda que a queda da indústria é resultado de erros de política econômica do governo e diz que o setor “não suportará esse quadro de profundas incertezas que só pioram as perspectivas econômicas”. “O setor produtivo cobra celeridade, serenidade e espírito público daqueles que compõem os três poderes da República, para que o país possa retomar o caminho da confiança e crença no futuro”, continua.

A Abimaq representa cerca de 7,5 mil fabricantes de máquinas e equipamentos. No ano passado, o faturamento registrou queda de 14,4% ante 2014. No período, 45 mil postos de trabalho foram fechados.

estadao

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