A inflação em Brasília registrou recuo de 0,15% no primeiro mês do ano. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) no Distrito Federal foi o menor registrado no País e a única deflação em janeiro.
Os dados foram apresentados nesta quinta-feira (8) pela Companhia de Planejamento do Distrito Federal (Codeplan), na sede da empresa pública.
Calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o índice apresentou variação positiva em 12 das 13 localidades pesquisadas. No acumulado do ano, a inflação de Brasília ficou perto da média nacional, com 2,87%. No País, a taxa é de 2,86%.
De acordo com a gerente de Contas e Estudos Setoriais, Clarissa Jahns Schlabitz, a baixa foi impulsionada pelos setores de vestuário (-1,20), de habitação (-0,85) e de transportes (-0,82).
O grupo de vestuário teve a queda relacionada às promoções de início de ano. Já no setor de habitação, a redução foi impactada pela troca da bandeira tarifária na energia elétrica, que passou de vermelha para a verde. No grupo de transporte, a variação do preço da gasolina foi o principal motivador.
No acumulado de 12 meses, a inflação apresentou queda nos artigos de residência, de alimentação e de bebidas. A alta foi puxada por saúde e cuidados pessoais, educação e transportes.
Na aferição do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), Brasília também apresentou deflação de 0,15% em janeiro. Em relação ao Brasil, o resultado ficou abaixo da variação medida do País (0,23%).
A redução no INPC foi impulsionada, coincidentemente, pelos mesmos grupos do IPCA.
Também foi apresentado o Índice Ceasa do Distrito Federal (ICDF), medido pela Centrais de Abastecimento do DF (Ceasa-DF) com base nos preços de 66 itens de hortifrutigranjeiros vendidos em Brasília. A variação do setor foi de 0,87% em relação a dezembro.
A alta ocorreu no setor de legumes, que registrou variação mensal de 8,24%. O aumento foi causado pela baixa oferta de produtos, resultado da baixa produção da beterraba (78,29%), cenoura (53,31%) e tomate (51,10%).
Em janeiro, os preços das frutas caíram 1,36%. A variação negativa incidiu mais na banana nanica (-21,31%), no limão-taiti (-37,98%) e abacate (-37,98%).
No entanto, o período de entressafra deixou a melancia 38,60% mais cara, e a goiaba apresentou alta de 15,84%.
As verduras apresentaram queda de 2,13%, com destaque para a alface americana, a lisa e a crespa (-29,90%). Os ovos e grãos apresentaram taxa de -0,22%.