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Inflação sobe e cresce suspeita de manipulação durante eleição

Supermercado na zona sul do Rio de Janeiro.

Pela terceira semana consecutiva, a estimativa de inflação para este ano subiu, passando de 5,63% para 5,82%. A informação está no Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira (14) pelo Banco Central, após ouvir mais de 100 instituições financeiras na semana passada.

O informativo lembra que a meta de inflação para este ano, definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), é de 3,5% e será considerada cumprida se oscilar entre 2% e 5%.

Estranhamente, na visão de analistas do mercado financeiro, a inflação passou a subir quando já era dada como certa, pelas pesquisas que antecederam a eleição do dia 30, a derrota de Jair Bolsonaro (PL). Toma corpo, assim, a suspeita de que a ‘deflação’ que vinha sendo registrada era manipulada, com o objetivo de tentar reeleger o presidente.

Para o próximo ano, a meta estimada é de 3,25% e será considerada formalmente cumprida se ficar entre 1,75% e 4,75%. De acordo com o boletim, a previsão para 2023 ficou estável em 4,94%.

Selic/câmbio
Quanto à taxa básica de juros da economia (Selic), o mercado financeiro manteve a expectativa em 13,75% ao ano, no fim de 2022.

Já a projeção da taxa de câmbio para o fim de 2022 permaneceu estável em R$ 5,20, mesma estimativa para o dólar para 2023.

Balança comercial
Para a balança comercial, a estimativa de saldo permaneceu em US$ 55 bilhões de resultado positivo em 2022. A estimativa dos especialistas do mercado para 2023 continuou em US$ 56 bilhões de superávit.

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