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Inquérito das fake news coloca as eleições numa sinuca de bico

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, e o ministro do STF Alexandre de Moraes durante abertura do Seminário Políticas Judiciárias e Segurança Pública.

Circula nas redes sociais o vídeo de Bárbara, do site “Te atualizei” que, em 24 minutos, apresenta mais conteúdo que os 3 anos e milhares de folhas do irresponsável e ilegal inquérito das fake news.

Peço vênias àqueles que já o assistiram mas, por ser o vídeo muito extenso e seu conteúdo fundamental para embasar o conhecimento do número máximo de brasileiros, torna-se pertinente a divulgação de um resumo comentado para sublinhar absurdos de mais essa excrescência eleitoral que se desenha.

Os depoimentos ali mostrados dos dirigentes da Central Única dos Trabalhadores, em conjunto com as declarações ditatoriais do ministro Alexandre de Moraes e as confissões de campanha do descondenado Lula, confrontados com a Lei 9.096 do Tribunal Superior Eleitoral, não deixam dúvidas de que ao ministro, que se autodesignou vítima, relator e juiz do referido inquérito, só restam duas alternativas.

A primeira, cumprir a lei da instituição que irá presidir durante as eleições, retirando os recursos do fundo eleitoral do Partido dos Trabalhadores, cassando o registro do partido, restaurando a inelegibilidade do ladravaz e prendendo os protagonistas dessa escandalosa trapaça.

A segunda, e mais provável, será exercer seu papel de ditador todo poderoso, confiscando, mais uma vez, o direito de expressão dessa inigualável jornalista investigativa.

Na sua indiscutível explanação, a jornalista juntou inúmeras peças comprobatórias e jurídicas, de forma didática, detalhada e contundente, para deixar claro que a manobra eleitoral da CUT se enquadra perfeitamente nas ameaças que o ministro Alexandre de Moraes construiu para tentar enquadrar e coagir os eleitores do Presidente Bolsonaro, em nome daquilo que só ele e seus pares entendem por “Estado Democrático de Direito”.

Ela começou seu vídeo lendo notícia do jornal metrópoles: “CUT cria brigadas digitais no WhatsApp para enviar material pró-Lula”.

A seguir, passou a denunciar o delito, um plano de disparos propagandistas em massa, assessorado por especialistas do ramo, tudo registrado em vídeos.

Demonstrou os laços inquestionáveis entre o Lula e a CUT.

Ressaltou as origens dos recursos das Centrais Sindicais que, além das contribuições compulsórias dos trabalhadores, recebia milhões em repasses dos governos petistas, sem prestação de contas ou qualquer fiscalização, segundo matérias do Congresso em Foco e revista Exame.

Deixou claro que a perda de até 98% desses recursos, que inviabilizam a ação política e até o financiamento das pífias manifestações da esquerda, é a principal razão da revisão da reforma trabalhista apregoada por Lula, contida no programa de governo do PT.

Assim se expressou o ex-presidente, dirigindo-se a correligionários: “Como é que o sindicato vai sobreviver, se não tem recursos para as suas atividades?”.

A seguir, Bárbara mostrou em vídeo declarações explicitas de dirigentes da CUT, que caracterizam de forma inconteste a criação de uma milícia digital dedicada a cometer crime eleitoral em favor do candidato preferido pela toga de duas cores.

Palavras do Secretário de comunicação da CUT: “Organizar uma brigada digital é organizar um grupo de WhatsApp com amigos do trabalho, da igreja, do futebol; organiza os mais “vermelhinhos” e vamos convencer toda a turma de que este ano é Lula; temos que derrotar o Bolsonaro”.

“Basta você cadastrar no site e o administrador automaticamente vai entrar no grupo e distribuir os cards, as informações e os vídeos”; tudo isso para instruir e influenciar seus participantes a fazer campanha para o Lula. Continua ele. “Contratamos agências de publicidade, contratamos empresas especializadas para ajudar nessa tarefa de mandar as mensagens, organizar isso tudo, preparamos essa “infra” para que tudo dê certo”.

Segundo outro dirigente, “essa estrutura não é só para as eleições; a ideia é que a gente mantenha esses comitês de luta e as brigadas após a eleição também. Não é algo só pra eleger o nosso candidato não. Vai continuar”. O secretário-adjunto da CUT declarou: “Essas eleições vão ser as mais importantes da nossa vida e perder pra gente não e uma opção”.

Em sua militância política, a CUT distribuiu cartilhas contendo uma planilha de frases padrão para twitar. O jornalista que denunciou a existência desse processo noticiou que, no dia combinado, centenas de perfis reproduziram nas redes sociais exatamente as mesmas palavras da planilha, sem qualquer alteração.

Para Bárbara, essa é “uma ação coordenada para que a opinião pública, em ano eleitoral, acreditasse que todo esse apoio estava vindo do povo”.

Para definir que o PT tinha conhecimento da manobra, ela foi buscar no site do partido: “CUT realiza encontro para debater comitês de luta e brigadas digitais, com a participação de Gleisi Hofmann”.

Tudo isso fere frontalmente legislação do próprio Superior Tribunal Eleitoral.

Lei 9.096, de 19 de setembro de 1.995:

Art. 31 – É vedado ao partido receber, direta ou indiretamente, sob qualquer forma ou pretexto, contribuição ou auxílio pecuário ou estimável em dinheiro, inclusive através de publicidade de qualquer espécie, procedente de:

IV – Entidade de classe ou sindical; (conforme constante do cadastro CNPJ da CUT).

Art. 36, Inciso II – No caso de recebimento de recursos mencionados no Art. 31, fica suspensa a participação no fundo partidário por 1 ano.

Resta comparar todas essas constatações com as ameaças do ditador Moraes: “Se houver repetição do que foi feito em 2018, o registro será cassado e as pessoas que assim fizerem irão para a cadeia por atentarem contra as eleições e contra a democracia no Brasil”.

A jornalista informou que a deputada Carla Zambeli entrou com ação no Ministério Público Eleitoral, relatando o crime inteiro e pedindo uma liminar que suspenda o fundo partidário do PT.

Por sua vez, o deputado Paulo Eduardo Martins acionou a Procuradoria Geral Eleitoral, pedindo a apuração dos fatos.

E agora, ministro? Que cartilha vai seguir? A da lei eleitoral ou a da militância?

O “sorteio” do relator será uma boa evidência.

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