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Insegurança reina no DF e morte de servidor em assalto no Guará revolta Câmara

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Luís Cláudio Alves

A primeira sessão ordinária da Câmara Legislativa do Distrito Federal, nesta terça-feira (2) foi marcada pela repercussão entre os distritais do assassinato ocorrida na porta de uma escola no Guará. O assunto foi abordado por vários deputados distritais que chegaram a propor a decretação de estado de emergência na segurança pública e até mesmo uma intervenção do ministério da Justiça.

O crime ocorreu no começo da tarde, quando um funcionário público teve o carro roubado e foi assassinato na porta da escola dos filhos. Logo na abertura da sessão os distritais criticaram duramente a segurança da cidade e cobraram ação do GDF para enfrentar a violência.

O líder do PMDB, deputado Wellington Luiz, lamentou a morte do “pai de família” e considerou muito grave que a violência tenha virado rotina no DF. Para ele, não existe fórmula mágica para se combater a violência. Segundo Wellington Luiz, o enfrentamento deve acontecer com o fortalecimento do policiamento nas ruas.

O deputado cobrou a imediata contração de policiais e afirmou que o GDF está sendo omisso. “Enquanto o governo quer contratar policiais a conta-gotas, o sangue de inocentes é derramado diariamente. A segurança da capital do País está falida”, sentenciou o parlamentar.

O deputado Raimundo Ribeiro (PSDB) considerou a situação da segurança apavorante e destacou a preocupação dos líderes partidários com a questão. Em sua opinião, o sentimento de indignação e perplexidade está tomando conta das famílias.

Ribeiro sugeriu que o GDF decrete situação de emergência na segurança pública para tomar medidas concretas contra o problema. “O governo precisa se mexer, não pode ficar parado”, completou.

Já o deputado Rodrigo Delmasso (PTN), morador do Guará, disse que estava de luto com o crime que assustou e revoltou os moradores da cidade. O distrital enfatizou que o crime aconteceu em uma das avenidas mais movimentadas do Guará e ressaltou que os índices de criminalidade na cidade crescem absurdamente.

Delmasso informou ainda que a polícia militar conta com cerca de 30 homens para fazer a ronda no Guará e na Estrutural, número, segundo ele, insuficiente para a tarefa. O distrital defendeu uma intervenção do ministério da Justiça na segurança pública do DF. “Até quando vamos ficar parados? “, cobrou.

O deputado Cláudio Abrantes (Rede) pediu a contratação imediata de 400 policiais civis que esperam a convocação para tomar posse. Mesmo assim, segundo ele, estas contratações serão apenas um sopro e não resolverão o déficit de pessoal da polícia civil. De acordo com Abrantes, o quadro atual da corporação é de 100 policiais a menos do que existia em 1993. Para o deputado, o problema da segurança só será resolvido com o planejamento de longo prazo, consulta a especialistas e ações duradouras.

Para o deputado Roosevelt Vilela (PSB) é hora de engrossar o discurso, “pois estamos no meio de uma guerra”. “O crime está nas ruas e tem que ser combatido com força”, sugeriu.

Desafios – O novo líder do Partido dos Trabalhadores, deputado Wasny de Roure, aproveitou a primeira sessão para falar dos desafios de 2016. Em sua avaliação, as crises na saúde, educação, segurança e transporte deverão dominar os debates no Legislativo ao longo do ano. Wasny considerou a chegada das chamadas Organizações Sociais (OS) para fazer a gestão de unidades de saúde uma grave ameaça. Segundo ele, as OS são entidades que dependem do lucro e não podem ser a solução para os graves problemas da saúde.

O líder do PT também falou sobre a anulação da licitação do transporte público coletivo e disse que os resultados da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) em curso na Câmara serão importantes para esclarecer os problemas do certame. Wasny ressaltou, no entanto, que a licitação teve o mérito de acabar com o cartel do transporte público.

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