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Instituto Danilo Santos de Miranda é lançado em São Paulo

O salão nobre do Theatro Municipal de São Paulo sediou, na noite dessa terça-feira (3), o lançamento do Instituto Danilo Santos de Miranda (Instituto DM), criado para fomentar a arte e a cultura e preservar o legado de um dos maiores gestores culturais do país. O sociólogo esteve à frente do Serviço Social do Comércio (Sesc) São Paulo por mais de 40 anos.

Danilo Santos de Miranda é uma das figuras mais emblemáticas na direção de programas de inclusão cultural, preservação da memória e apoio a manifestações artísticas.

“[O instituto] é uma forma de perpetuar as premissas dele de democracia, ética, igualdade, e cidadania, e conseguir atrelar, que era o grande pensamento base dele, a cultura e a educação como uma ação permanente. Na visão do sociólogo, a educação é uma ação humana permanentemente atrelada à cultura e isso é premissa pilar da sociedade, vem antes de qualquer outra prerrogativa, como a economia ou a política”, destacou a filha mais velha de Miranda e diretora-geral do instituto, Talita Miranda.

De acordo com ela, a ideia de criação do instituto surgiu naturalmente após a morte de Miranda, em outubro de 2023, tendo em vista o acervo do pai, objetos de valor artístico, livros e obras de arte do gestor. Inicialmente, será criado um espaço virtual para acesso a esse material.

“A gente vai trabalhar com acervo digital, essa memória, que já diz respeito a ele. Vamos organizar tudo isso numa plataforma, e fazer também uns talks, umas palestras, seminários que possam disseminar também o seu pensamento, assim a gestão cultural sob o olhar dele, que é único”, diz Talita.

Segundo a diretora-geral do instituto, a entidade pretende, no futuro, com a chegada de mais recursos, apoiar e promover projetos condizentes com as diretrizes utilizadas por Miranda como gestor de cultura. “A gente selecionaria alguns projetos anuais sob um crivo, sob uma chancela do instituto. Esse é o nosso grande objetivo, de estar propagando, com firmeza e vigor, a visão e os pensamentos dele, que acabaram virando os nossos também”.

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