A partir das décadas de 1970 e 1980, as “sacadas” passaram a ser um diferencial nos apartamentos e começaram a se popularizar entre os empreendimentos. Naquela época, eram tratadas como um espaço à parte, reservado a vasos de plantas, redes ou ainda um jogo de mesa com cadeiras que, na maior parte das vezes, eram esquecidas ou utilizadas apenas por quem fumava.
Com os anos, elas ganharam mais uma função e começaram, de fato, a ser parte integrante da casa. Dessa vez, com a oferta de churrasqueira e pia para se tornar uma área social do ambiente. Mas ainda assim, na maior parte das vezes, ainda separadas da sala de estar ou de jantar.
A diminuição da área dos apartamentos deu novo cargo a esta parte externa da casa: integrar as varandas ao estar garantia mais espaço e integração de ambientes. O fechamento das varandas com vidro, além de proteger do vento e da chuva, também passou a ser uma forma simbólica de se isolar da vida agitada lá de fora. Usar a área comum dos prédios se tornou mais viável e menos trabalhoso.
Hoje em dia, é difícil encontrar um proprietário que queira deixar este espaço da forma como ele era concebido quase 40 anos atrás. E sempre num projeto de reforma, surge a questão: como integrá-la da melhor forma? Eu costumo dizer que esta junção não precisa ser uma regra.
Tudo depende do uso que você fará da sala de estar e da varanda. A sala basta para comportar confortavelmente seus convidados? Você faria uso da extensão externa para fumar ou relaxar, por exemplo? Como é a a legislação do condomínio? Permite retirar a porta original, mudar o piso ou os pontos de iluminação? Com estas perguntas respondidas, integrar a varanda pode não ser uma decisão tão óbvia.
Mas, caso seja, o ideal é nivelar e manter o mesmo piso da sala de estar, tirar as portas corrediças e integrar as colunas de sustentação por meio de um projeto de decoração. Não se esqueça que há ainda o meio termo: fechar com vidros e manter como um ambiente separado, mas com móveis que sigam o mesmo estilo do restante da casa.