O Internacional estreou na Libertadores nesta terça-feira (17). Mas era melhor nem ter estreado. O time brasileiro sofreu nas mãos do The Strongest, em La Paz. Totalmente dominado e superado pelo oponente, o Colorado levou 3 a 1, e poderia ter sido ainda pior. E o resultado foi construído sem influência direta da altitude.
Mesmo que os jogadores sofram os efeitos de atuar 3,6 mil metros acima do nível do mar. Os gols não saíram de batidas de fora da área ou mesmo lances em que os acostumados ao ar rarefeito tenham vencido em disputas físicas. Mas em momentos de trocas de passes e erros graves de marcação da defesa vermelha.
O desespero na etapa inicial foi tanto que Diego Aguirre tratou de mudar o time aos 36 minutos, sacando Anderson, que recebeu oxigênio no banco de reservas, para entrada de Vitinho. De pouco adiantou. Chumacero duas vezes e Ramallo fizeram os gols dos locais. D’Alessandro, de pênalti, fez o gol de honra do Inter.
O próximo compromisso pelo grupo 4 da Libertadores será diante da Universidad de Chile, que perdeu para o Emelec por 1 a 0 na estreia. O jogo ocorre na próxima quinta-feira, no Beira-Rio. Já o The Strongest terá pela frente o Emelec, no Equador, na próxima quarta. O Inter é lanterna na chave e os bolivianos lideram.
Temendo a altitude e os efeitos sobre o corpo dos atletas, o Internacional precisaria tentar alguma coisa no primeiro tempo. E o fez. A chance inaugural para o primeiro gol foi vermelha. Nilmar entrou na área e bateu, mas o goleiro Vaca fez boa defesa. Mas mesmo com a oportunidade, o time gaúcho não dominava o jogo. Pelo contrário, era totalmente contido pelos donos da casa.
Com mais posse e sempre no campo do Inter, o The Strongest abriu o placar em um lance que nada teve a ver com efeitos da altitude. Uma troca de passes dentro da área acabou com Cristaldo, que obrigou Alisson a uma difícil defesa. Mas no rebote, Chumacero abriu o placar aos 10 minutos de jogo.
Abatido, o Inter nem conseguiu respirar e já levou o segundo. Aos 15 minutos, Ramallo recebeu dentro da área e apenas desviou de Alisson. E depois do segundo gol, os bolivianos pareciam caminhar rumo ao terceiro, ainda no primeiro tempo. Aos 32, Alan Costa evitou nova movimentação de placar. Ainda no primeiro tempo, Diego Aguirre tirou Anderson e colocou Vitinho. E ao fim do primeiro tempo, o Inter poderia comemorar não ter levado o terceiro.
No começo do segundo tempo, o Inter voltou ao jogo. Com dois minutos, cruzamento de escanteio, Nilton tenta o cabeceio e a bola bate no braço de Cristaldo. Pênalti marcado e convertido por D’Alessandro. O gol animou o time brasileiro que passou a criar oportunidades para empatar. Aos 7 minutos, Nilmar cruzou e Fabrício por pouco não igualou o marcador. Dois minutos depois, Ernando venceu de cabeça na área e obrigou Vaca a espalmar para escanteio.
Mas ao sair para o ataque, o Inter deu espaços. Tanto que aos 18 minutos, o The Strongest quase marcou o terceiro. Ramallo, de voleio, colocou rente ao poste direito da meta defendida por Alisson. Aos 23 minutos, Eduardo Sasha cruzou e Vitinho acertou a trave. Três minutos depois foi a vez dos locais. Pablo Escobar bateu de fora da área e também acertou a trave.
E o golpe de misericórdia veio aos 40 minutos. Cansado, o Inter viu Chumacero driblar o goleiro Alisson e determinar o 3 a 1 como placar final do jogo. Aos 44, Nilmar ainda foi expulso para moldar a desgraça brasileira.