Em quase quatro meses, os bombardeios russos na Síria deixaram 3.049 mortos, um terço (1.015) civis, informou nesta quarta (20) a organização não governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos.
“Desde 30 de setembro, 1.015 civis – 238 crianças, 137 mulheres e 640 homens – foram mortos. Por outro lado, os ataques russos mataram 1.141 combatentes e jihadistas da Frente Al Nosra [o braço da Al Qaeda na Síria] e 893 membros do grupo Estado Islâmico”, afirmou a organização em comunicado.
A agência de notícias oficial síria, Sana, informou nessa terça-feira que os aviões de combate russos fizeram, desde 30 de setembro, 5.662 saídas, permitindo às forças sírias recuperar o controle de 215 localidades que estavam nas mãos dos grupos rebeldes.
A oposição moderada condicionou sua participação nas negociações com o regime, previstas para 25 de janeiro (segunda-feira) em Genebra, à suspensão dos bombardeios russos e sírios contra civis e ao levantamento dos cercos a localidades.
O observatório acrescentou que nos últimos 15 meses pelo menos 7.677 civis sírios foram mortos, 1.622 dos quais crianças, e que mais de 39 mil ficaram feridos em ataques da força aérea do regime de Bashar Al Assad.
Os bombardeios deixaram também 4.007 mortos entre integrantes do Estado Islâmico, da Frente Al Nosra e de outros grupos rebeldes sírios.
A guerra na Síria, iniciada em 2011, já matou mais de 260 mil pessoas, segundo o observatório.