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Invasão de calçadas pelos camelôs paulistas empurra pedestres para o meio da rua

Juliana Diógenes

O analista de marketing Daniel Tazinaffo, de 28 anos, trabalha na região da Avenida Paulista e diz que às 18 horas a calçada “vira um inferno”. Para ele, falta um espaço regulamentado para a exposição dos produtos dos artesãos. “Eles geralmente ficam perto de metrô, onde tem a maior concentração de gente”, afirma.

Para Caio Lopes, de 35 anos, advogado em um escritório no cruzamento da Paulista com a Avenida Brigadeiro Luís Antônio, na maior parte do tempo os vendedores não interferem no seu trajeto Lopes reconhece, no entanto, que “de vez em quando” é possível perceber o incômodo dos pedestres. “Tem horas que fica um pouco tumultuado, dependendo da localização do ambulante.”

A auxiliar de biblioteca Dayane Teixeira, de 28 anos, também trabalha na área e concorda que, dependendo do trecho, os artesãos podem obstruir a passagem. Ela cobra organização da gestão municipal. “Tem de existir um planejamento. Não pode só pensar no saneamento, em fazer uma limpa.”

O professor universitário William Freitas, de 29 anos, mora atrás do Masp e caminha até o trabalho. Ele percorre o trajeto há menos de um ano e disse que, nos últimos meses, percebeu um “aumento exponencial” do número de vendedores nos dias semana.

“No cruzamento perto do Masp havia apenas um senhora vendendo quadros de vinil no início do ano. Hoje, você se depara com uns seis ambulantes vendendo diferentes produtos só naquele cruzamento”, disse Freitas.

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