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Brasil faz 3 sets a 1 na Rússia e mantém liderança no vôlei

Quando tiveram a classificação à fase final da Liga Mundial ameaçada, todos na Seleção Brasileira masculina de vôlei foram unânimes ao apontar o baixo aproveitamento no saque como um dos problemas. Neste domingo o quadro ficou superado: contra a atual campeã olímpica Rússia, o Brasil provou a força no fundamento, venceu o confronto pela primeira colocação do Grupo F do Mundial da Polônia por 3 sets a 1, com parciais de 25/21, 24/26, 25/19 e 25/19, em Katowice, e chegou à nona vitória, mantendo a invencibilidade.

Embora já estivesse classificado à terceira fase, a Seleção tinha motivos para almejar o resultado. A liderança na chave evitou uma mudança de cidade para os jogos da próxima etapa. Por isso, os atletas não pouparam esforços. De negativo, só as saídas forçadas de Wallace, com uma leve torção no tornozelo esquerdo, Sidão, com um incômodo na coxa direita, e Murilo, que sentiu o joelho direito. Agora, a Seleção aguarda o sorteio das chaves da terceira fase, que começa na próxima terça. A equipe irá enfrentar Alemanha ou Canadá.

No início, o Brasil voou em quadra. Aquele que era o adversário mais temido do Mundial ficou encolhido diante do bombardeio promovido pelos comandados de Bernardinho nos serviços. Foram incríveis sete pontos: três com Bruninho, dois com Sidão, um com Wallace e um com Lucão. Os atuais campeões olímpicos tentaram seguir a mesma estratégia e até deram um sufoco no fim. Mas com uma pancada de Lucarelli, a Seleção colocou ponto final no set.

O time brasileiro seguiu arrasador. O saque forte incomodava os russos, que rapidamente se perderam. Um ataque fora de Savin obrigou pedido de tempo do técnico Andrey Voronkov. O show no fundamento teve sequência com Lucarelli, que usou mais a habilidade do que a força para surpreender a recepção adversária e abrir 16/13.

De susto, só mesmo uma torção leve de tornozelo de Wallace, que deixou a quadra para a entrada de Leandro Vissotto, mas não preocupa. Mas os russos estavam vivos. Deixaram para crescer na hora decisiva. Perderam o oposto Moroz, que virou o pé direito após um salto para tentar o bloqueio. Mas contaram com erro de Vissotto para fechar o set em 26/24.

A expectativa era de que, com a ausência do titular, Vroronkov deslocasse o central Muserkiy para a função de oposto, como aconteceu na decisão dos Jogos Olímpicos de Londres 2012, em duelo que até hoje traz lembranças sombrias aos brasileiros. Mas, em vez disso, ele acionou Ilinykh. O time sentiu. Muserkiy, de 2,17 m, até ficou em quadra para atacar as bolas altas quando estava no fundo, mas não esteve perto de assustar. Em erros dele, o Brasil abriu 16/10 e no saque errado de Apalikov fechou em 25/19.

O quarto set foi o mais fácil. Bom para um grupo que já sente o desgaste de nove jogos em menos de duas semanas. Bernardinho colocou em quadra Éder no lugar de Sidão (sentiu o joelho direito), e Lipe na vaga de Murilo, que reclamou de incômodo na coxa direita. Os russos também mostravam cansaço. E perdiam a cabeça, como Makarov, que levou vermelho pelo excesso de reclamações. Leandro Vissotto, em uma diagonal fechada, decretou a vitória: 25/19.

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