Iogurte não transforma água em vinho, mas pode fazer o coração viver bem mais
Publicado
emFelipe Meirelles, Edição
Uma pesquisa apresentada na Reunião da Sociedade Americana do Coração, em Phoenix (Arizona), no início de março, afirma que os iogurtes podem trazer mais benefícios ao coração do que inicialmente previsto. Essas informações podem auxiliar o controle de hipertensão, problema que afeta 35% da população brasileira acima dos 40 anos, o que representa cerca de 17 milhões de brasileiros.
A prevalência da hipertensão arterial, aumenta com o avançar da idade, tendo ainda a mulher um outro fator agravante principalmente com o início da menopausa. Cerca de 80% das mulheres, eventualmente, desenvolverão a patologia nesta fase.
A cardiologista Patrícia Rueda, do Hospital do Coração, em Brasília, comenta que, apesar dos benefícios destes alimentos, uma vida regrada e exercícios aliados à uma alimentação rica em vegetais e frutas, permitem maior bloqueio à hipertensão.
“O iogurte e os laticínios não são milagrosos, mesmo tendo nutrientes riquíssimos como magnésio, potássio e cálcio em sua composição. Por isso, não adianta consumi-los sem levar uma vida saudável. É preciso praticar um esporte e fazer uma dieta balanceada. Esse é o grande segredo da prevenção de doenças cardíacas”, disse a especialista.
Nos 12 anos em que este estudo esteve em análise, os pesquisadores observaram 142.740 mulheres com idades entre 25 e 55 anos. As mulheres que consumiam cinco ou mais porções de iogurte por semana apresentaram 20% menos pressão alta em comparação às que ingeriam o alimento apenas uma vez por mês.
Diante de tudo isto e da variedade dos produtos disponíveis no mercado, a médica alerta para os tipos de iogurtes e pede mais atenção. “Tudo em excesso faz mal. Mas, além disso, é bom ter muito cuidado na hora de escolher o iogurte. Verifiquem com atenção as calorias e a quantidade de açúcar dos produtos. Prefiram iogurtes com baixa caloria e sem açúcar”, finaliza a doutora.