O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Abbas Mousavi, disse nesta sexta, 22, que o Irã está pedindo à Grã-Bretanha que liberte seu petroleiro imediatamente. “Este é um jogo perigoso e tem consequências … os pretextos legais para a captura não são válidos”, afirmou.
Segundo a chancelaria iraniana, “a liberação do petroleiro é do interesse de todos os países. Poderes estrangeiros devem deixar a região (do Golfo Pérsico) porque o Irã e outros países da região são capazes de garantir a segurança regional “, disse Mousavi.
Em 4 de julho, fuzileiros navais britânicos estacionados em Gibraltar, área disputada por Inglaterra e Espanha, tomaram o supertanque por supostamente transportar petróleo para a Síria. Segundo o ministro-chefe de Gibraltar, Fabian Picardo, essas medidas foram adotadas por causa de “informações que deram ao governo de Gibraltar motivos razoáveis para supor que Grace 1 estava agindo em desafio às sanções da UE contra a Síria”.
Teerã nega as alegações de que o petróleo foi destinado à Síria e demonstrou apreensão com o aprisionamento do navio. O ministro das Relações Exteriores do Irã, Mohammad Javad Zarif, twittou na segunda-feira que a detenção do petroleiro iraniano Grace 1 equivale a “pirataria” e “estabelece um precedente perigoso”.
Gibraltar é um território britânico ultramarino no extremo sul da Península Ibérica, adjacente à Espanha, com uma população de cerca de 32.000 habitantes. O território é autônomo em todos os assuntos – incluindo a tributação – exceto política externa e defesa, que estão sob a jurisdição do governo do Reino Unido.