A busca de Teerã pela autosuficiência em equipamento militar nacional moderno levou ao desenvolvimento de novos sistemas de armas de defesa aérea capazes de interceptar múltiplos alvos num alcance inferior a 100 quilómetros. O principal equipamento é um sistemas de mísseis antibalísticos (ABM) e de defesa aérea de baixa altitude. As armas foram apresentadas em evento que teve a presença do ministro da Defesa, brigadeiro-general Mohammad-Reza Ashtiani.
Entre os novos sistemas estava o sistema de defesa ABM Arman (Aspiration), também conhecido como Tactical Sayyad (Hunter). Ele pode rastrear e detectar 24 alvos a cerca de 180 quilômetros e atacar vários alvos ao mesmo tempo em um alcance de cerca de 120 quilômetros.
O sistema Arman possui recursos de autodefesa de curto alcance em comparação com modelos como os sistemas Khordad-3 e Khordad-15.
O novo ABM possui um sistema de autodefesa em uma de suas torres de mísseis, otimizando sua capacidade de enfrentar ameaças em baixas altitudes. Esta avançada arma de defesa aérea oferece maior mobilidade, apresentando radares e lançadores de mísseis em uma única plataforma móvel.
Também foi revelado durante o evento o sistema de defesa aérea de baixa altitude Azarakhsh (Thunderbolt). Ele foi projetado para fornecer poder de fogo terra-ar e de curto alcance para proteger zonas de combate da linha de frente, forças móveis, locais importantes e infraestrutura crítica e operações especializadas ou autônomas.
Em dezembro passado, o Irã revelou um avançado veículo naval operado remotamente (ROV) construído localmente. O drone submersível foi construído para missões de remoção de minas e pode funcionar continuamente por 24 horas debaixo d’água, atingindo profundidades de 200 metros.
O novo sistema deverá ser um recurso fundamental para a Marinha da República Islâmica do Irã, como um acréscimo aos seus helicópteros de varredura de minas geradores de sinais eletromagnéticos HR-53 e aos caça-minas tripulados, como o Shahin.
O complexo militar-industrial da República Islâmica evoluiu ao longo das últimas quatro décadas depois de se ter afastado do fornecimento de armas ocidentais, juntando-se ao clube de algumas potências militares regionais capazes de conceber, desenvolver e produzir equipamento militar local para dissuadir os seus adversários bem financiados.