As Forças Armadas do Irã seguirão desenvolvendo e melhorando “de forma ininterrupta” suas capacidades defensivas “para fazer lidar com o regime corrupto dos Estados Unidos”, de acordo com declarações do porta-voz, Masud Yazayeri, divulgadas neste sábado (14) pela imprensa local. A informação é da Agência EFE.
Em resposta ao discurso do presidente americano, Donald Trump, que ontem (13) ameaçou abandonar o acordo nuclear iraniano, Yazayeri afirmou que forças iranianas estão “mais decididas e motivadas do que antes” e seguirão apoiando aos oprimidos em todo mundo, não apenas no Oriente Médio.
“Não negaremos nossa defesa aos oprimidos em cada ponto da geografia mundial, inclusive nos EUA”, disse ontem à noite, o porta-voz, enfatizando que “especialmente aos oprimidos da região da Ásia ocidental”.
O porta-voz acrescentou que as ações das forças iranianos terão “efeitos externos”, que o governo de Trump “observará no seu devido tempo”.
O Irã e as seis grandes potências mundiais assinaram em 2015 o acordo nuclear que limita as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento parcial das sanções internacionais contra a República Islâmica.
Após a assinatura do acordo nuclear com o Irã, o Congresso americano aprovou uma lei, conhecida pelas suas siglas em inglês INARA, exigindo ao presidente certificar a cada 90 dias se o acordo favorece o “interesse nacional” dos Estados Unidos.
Ontem, em seu discurso, Trump ameaçou abandonar o acordo se seus “defeitos” não fossem corrigidos mediante uma negociação internacional ou uma lei do Congresso americano, e elevou as tensões com Teerã sancionando o Corpo de Guardas da Revolução Iraniana.
“O corpo dos Guardiões da Revolução da República Islâmica do Irã, hoje mais querido e poderoso que nunca, irá perturbar um após o outro os sujos sonhos dos líderes americanos”, afirmou Yazayeri.
As autoridades do Irã asseguraram que o acordo nuclear, conseguido após mais de uma década de negociações, não é renegociável e que será respeitado enquanto haja reciprocidade por parte dos outros signatários, o grupo 5+1 (Estados Unidos, França, Reino Unido, China e Rússia e Alemanha).