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Irã reabre polêmica ao indicar que Arábia Saudita não pode preservar lado sagrado do Islã

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O líder supremo do Irã, o aiatolá Ali Khamenei, questionou a capacidade da Arábia Saudita de preservar os locais sagrados do Islã e acusou os governantes sauditas de assassinato na peregrinação a Meca (a Hajj) no ano passado.

“Devido ao comportamento opressor desses governantes com os convidados de Deus, o mundo do Islã deve fundamentalmente reconsiderar a administração de dois locais sagrados e também a questão da peregrinação a Meca”, afirmou Khamenei nesta segunda-feira. A frase deve piorar ainda mais as relações já hostis entre os dois poderes políticos e religiosos, às vésperas do início da peregrinação deste ano.

De acordo com o governo saudita, o massacre na peregrinação do ano passado deixou 769 mortos, mas a agência de notícias Associated Press estima que o número chegou a 2.426, considerando os relatórios da imprensa estatal e comentários de representantes de países cujos cidadãos participaram da peregrinação.

Khamenei afirmou que as autoridades sauditas agiram com deliberada crueldade no desastre que deixou 461 iranianos mortos “Os cruéis sauditas trancaram os feridos junto com os mortos em contêineres em vez de fornecer tratamento médico e ajudá-los”, disse. “Eles os assassinaram”.

A Arábia Saudita não deu uma resposta imediata às acusações de Khamenei. A peregrinação anual a Meca começa nesta semana.

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