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Recife contra o Planalto

Irmão de João Campos joga no time da Faria Lima e ataca Lula com cobranças

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Geraldo Seabra - Foto de Arquivo

Irmão do prefeito reeleito do Recife, João Campos (PSB), o deputado federal Pedro Campos (PSB) criticou o governo federal por aumentar o déficit orçamentário previsto para 2024 e cobrou do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) o cumprimento do compromisso assumido com o mercado quanto ao corte de despesas públicas.

Para Campos, o governo tem responsabilidade “tanto com o mercado quanto com a sociedade”, o que o obriga a trabalhar para cumprir uma meta estabelecida, sob pena de perder credibilidade. “A credibilidade é uma palavra fundamental na economia e na gestão pública”, disse.

Em entrevista à Rádio Folha, do Recife, o deputado abordou a atual situação fiscal do país e as discussões em torno do cumprimento das metas estabelecidas no novo arcabouço fiscal, diante da provável mudança do déficit primário de até R$ 30 bilhões em 2024, para um déficit de até R$ 60 bilhões.

Pedro Campos disse que dobrar o déficit com o qual o governo federal havia se comprometido, “embora um déficit de R$ 60 bilhões não seja o maior problema do mundo representa uma quebra de compromisso, que pode impactar a credibilidade do governo junto ao mercado financeiro”.

“Muita gente fala sobre a opinião do mercado, mas quando o governo se compromete a atingir um déficit de R$ 30 bilhões, ele está, na verdade, fazendo uma promessa à sociedade, e a credibilidade é algo que deve ser mantido diante de todos”, enfatizou.

O deputado ponderou que o governo deve encontrar alternativas para cumprir as metas fiscais sem comprometer investimentos essenciais. Ele acredita que o déficit maior poderia ser explicado com os gastos extraordinários com as enchentes no Rio Grande do Sul.

Campos concluiu destacando a importância de buscar soluções para cumprir o que foi acordado no arcabouço fiscal e evitar que o país enfrente sanções ou prejuízos à sua credibilidade internacional. Caso contrário, acrescentou, “é necessário justificar o descumprimento”.

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