Durante a madrugada, 130 ataques aéreos israelenses atingiram o norte da Faixa de Gaza. Segundo as autoridades judaicas, os alvos eram núcleos do Hamas. Mas a verdade é outra. E tudo começou com a expulsão de famílias de palestinos de suas casas na Jerusalém ocupada por israelenses.
Pelo menos 15 integrantes do grupo armado morreram, dizem os judeus. Mas autoridades de saúde da Palestina falam em um número maior, incluindo mulheres e crianças. Os palestinos dispararam cerca de 200 foguetes.
A Organização das Nações Unidas está “profundamente preocupada” com o aumento da violência em Israel e nos territórios palestinos ocupados, declarou hoje (11) um porta-voz do Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos.
“Condenamos toda a violência e toda a incitação à violência, assim como as divisões étnicas e as provocações”, declarou Rupert Colville durante entrevista coletiva em Genebra (Suíça), no momento em que a região registra a pior escalada em anos, desencadeada pela violência em Jerusalém Oriental, ocupada e anexada.
Sobre os confrontos na Esplanada das Mesquitas, o porta-voz considerou que as forças de segurança israelenses “claramente não respeitaram nos últimos dias” a sua obrigação de responder de forma proporcionada e de garantir o direito de reunião pacífica.
Acrescentou que os disparos de foguetes a partir da Faixa de Gaza contra Israel “estão estritamente proibidos pelas leis humanitárias internacionais e devem parar imediatamente”.
As autoridades do Hamas, movimento islamita no poder em Gaza, informaram que 22 pessoas morreram, incluindo nove crianças, durante os ataques israelenses em represália às salvas de foguetes disparados a partir do enclave palestino, e 106 ficaram feridas.
O Exército israelense disse ter matado 15 membros do Hamas e da Jihad Islâmica, outro grupo armado palestiniano, tendo atingido 130 alvos militares, na maioria do movimento que controla Gaza.
Os militantes em Gaza dispararam mais de 200 foguetes contra Israel, ferindo seis civis em um ataque direto a um prédio de apartamentos.
Os confrontos diários na Esplanada das Mesquitas, que os judeus chamam Monte do Templo, na Cidade Velha, em Jerusalém Oriental, entre palestinos e a polícia israelense deixaram centenas de feridos desde sexta-feira (7).
Em um sinal da crescente agitação, comunidades árabes em Israel realizaram manifestações noturnas contra a situação em Jerusalém, um dos maiores protestos de cidadãos palestinos nos últimos anos, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press.