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Isto é o quê? Delcídio diz que não disse o que se diz sobre a delação premiada que ele fez

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Marta Nobre, com Agências
Quase 10 horas após o Brasil ter sido surpreendido com a notícia dando conta de que o senador Delcídio do Amaral ‘entregou’ a presidente Dilma Rousseff e seu antecessor Luis Inácio Lula da Silva, em delação premiada, o próprio parlamentar, que saiu da prisão na semana passada, divulgou nota no fim da tarde desta terça-feira 3, em que contesta o conteúdo da matéria publicada pela revista IstoÉ e repercutida pela grande imprensa.
“Nem o senador Delcídio, nem a sua defesa confirmam o conteúdo da matéria”, afirma o texto, que é assinado também pelo advogado Antonio Augusto Figueiredo Basto. “Não conhecemos a origem, tão pouco (sic) reconhecemos a autenticidades dos documentos que vão acostados no texto.”

A nota diz ainda que o esclarecimento se faz necessário “em respeito ao povo brasileiro e ao interesse público”. “Esclarecemos que em momento algum, nem antes, nem depois da matéria, fomos contatados”, afirmam. No fim, a nota destaca o “respeito e comprometimento” de Delcídio com o Senado.

Delcídio desconhece o que falou, mas IstoÉ lembra pedido de quarentena de seis meses...

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De acordo com a revista IstoÉ, Delcídio teria dito em delação premiada que a presidente Dilma tentou atuar ao menos três vezes para interferir na Operação Lava Jato por meio do Judiciário. “É indiscutível e inegável a movimentação sistemática do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo e da própria presidente Dilma Rousseff no sentido de promover a soltura de réus presos na operação”, afirmou Delcídio na delação, segundo a revista. Cardozo deixou esta semana o ministério alegando sofrer pressões do PT.

Na delação, Delcídio teria citado também o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, e detalhado os bastidores da compra da refinaria de Pasadena pela Petrobras. As primeiras revelações do ex-líder do governo fazem parte de um documento preliminar da colaboração. Nessa fase, o delator indica temas e nomes que pretende citar em seus futuros depoimentos após a homologação do acordo. Delcídio foi preso no dia 25 de novembro do ano passado acusado de tentar atrapalhar as investigações da Operação Lava Jato e solto no dia 19 de fevereiro.

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