José Escarlate
Itamar era um namorador por excelência. Namorou por quatro anos Lisle Lucena, filha do presidente do Senado Federal, Humberto Lucena. À época, a moça tinha um fusquinha, no qual costumava levar o presidente da República para passear, daí a inspiração de Itamar em promover a volta da fabricação do carrinho, nos anos 90.
Lisle confessa que acabou o namoro com o presidente porque ele resistia em mostrar publicamente o romance. “Eu, desimpedida. Ele também. Na época não havia razão para eu manter um namoro secreto. Depois, ele me ligava como amigo. Como presidente da República, era muito ocupado. Ficava difícil namorar com ele”.
Já no governo de Minas, um romance do ex-presidente com sua ajudante de ordens, a tenente da Polícia Militar, Kênia Prates, abalou as estruturas do Palácio da Liberdade. O então governador chegou a ser fotografado de mãos dadas com ela.
Depois, ele trocou Kênia pela capitã Doralice Lorentz Leal, assumindo o romance, até que Doralice foi promovida ao posto de major, em 2001. Oito oficiais da PM mineira impetraram mandado de segurança contra ato do governador, contestando a promoção e alegando que houve privilégio e os critérios para promoção da corporação – de merecimento, antiguidade ou ato de bravura – não foram atendidos. Doralice não perdeu o posto.
Itamar chegou mesmo a ter um cacho com a ex-Chanceler da Colômbia, Noemi Sanin Rubió, que era embaixadora em Londres e deixou o presidente brasileiro derretido com sua beleza e charme. Durante um almoço na embaixada brasileira na Corte de Saint James, a Primeira-Ministra Margaret Tatcher teve que dividir as atenções de todos com outra convidada, Noemi Sanin Rubió, que chamava a atenção por sua beleza.
Sabendo da atração que Noemi exercia sobre Itamar, anos depois, já presidente, Fernando Henrique tomou a iniciativa de telefonar para seu antecessor, Itamar Franco, para que Noemi conversasse com o ex-presidente.