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Janeiro acaba coroando com sucesso combate à hanseníase

Itaboraí (RJ) - Hospital Tavares Bastos, local já serviu de hospital-colônia durante a época do isolamento compulsório das pessoas com hanseníase e, ainda hoje, é residência para dezenas de pacientes e ex-pacientes (Tomaz Silva/Agência Brasil)

O mês de janeiro é dedicado à conscientização e ao combate à Hanseníase. Tradicionalmente, a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) promove no primeiro mês do ano a campanha Janeiro Roxo, que tem por objetivo alertar para os principais sinais e sintomas da doença, como a diminuição de sensibilidade na pele, sensação de dormência, picadas ou espetadas no local, e o aparecimento de manchas mais claras, vermelhas ou marrons. Além da importância do diagnóstico precoce e tratamento.

O mês está chegando ao fim, e a data, comemorada no dia 31, mostra que o quadro está mudando radicalmente para melhor. O que vem contribuindo para isso são campanhas de conscientização patrocinadas por diferentes poderes, órgãos públicos e segmentos da área médica. Em Brasília, quem teve uma participação efetiva nesse trabalho foi o Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios.

A doença
No Brasil, cerca de 30 mil novos casos de hanseníase são detectados todos os anos. É um dado alarmante, cujo enfrentamento depende, de um lado, do aperfeiçoamento e implementação plena de políticas públicas.

A doença é mais frequente nas regiões Nordeste, Centro-Oeste e Norte, que respondem por quase 85% dos casos do país. O Brasil concentra mais de 90% dos casos da América Latina.

Tradicionalmente, a SBD promove ações de esclarecimento para mostrar que os pacientes podem encontrar cura para esta doença, garantindo bem-estar e qualidade de vida.

#JaneiroRoxo
A campanha Janeiro Roxo é composta por um vídeo que destaca os principais sintomas da doença e ressalta a importância do tratamento adequado por médicos dermatologistas. Além deste filme, outras peças digitais como posts, carrosséis e stories para redes sociais complementam a ação.

“O alerta fica para que a família também tenha atenção, observe e ouça as queixas indo buscar ajuda, além de ler fontes seguras sobre a doença. O tratamento é gratuito pelo Sistema Único de Saúde”, destaca o médico Egon Daxbacher, do Departamento de Hanseníase da SBD.

“Em 2023, o alcance das redes sociais é imenso e por isso falaremos amplamente do assunto em diversos canais. Detecção precoce da doença corta qualquer tipo de transmissão quando se inicia o tratamento e além disso evita que o problema se agrave, atingindo os nervos e os movimentos do corpo”, completa Egon.

Sempre em janeiro, no último domingo do mês, é comemorado o Dia Mundial contra a Hanseníase e no dia 31 de janeiro é o Dia Nacional de Combate e Prevenção da Hanseníase, data instituída pela Lei nº 12.135/2.009.

Diagnóstico e tratamento
Os principais sintomas da hanseníase são manchas (esbranquiçadas, amarronzadas e avermelhadas) na pele com mudanças na sensibilidade dolorosa, térmica e tátil; sensação de fisgada, choque, dormência e formigamento ao longo dos nervos dos membros; perda de pelos em algumas áreas e redução da transpiração; inchaço e dor nas mãos, pés e articulações; dor e espessamento nos nervos periféricos; redução da força muscular, sobretudo nas mãos e pés; caroços no corpo; pele seca; olhos ressecados; feridas, sangramento e ressecamento no nariz; febre e mal-estar geral.

Se apresentar um ou mais desses sinais e sintomas, procure ajuda médica. O posto de saúde mais próximo de sua casa ou uma equipe de saúde da família podem lhe ajudar. Neles, é possível fazer exames e receber orientações de como se tratar!

“Lembre-se – afirma texto do TJDFT -, o diagnóstico precoce aumenta as chances de cura!”.

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