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Atropelando a lei

Japão deixa tratado internacional e libera a caça de baleias

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Bartô Granja, Edição

O Japão vai sair da Comissão Internacional das Baleias (IWC, na sigla em inglês) para poder retomar a caça comercial do animal em julho de 2019. O anúncio foi feito nesta quarta, 26, três meses depois de a IWC se opor justamente à petição do país asiático de retomar a atividade.

O representante do governo, Yoshihide Suga, disse que o país se limitará a caçar os animais no seu limite territorial e cessará as atividades nas águas da Antártida e no hemisfério sul.

Com a decisão, o Japão se torna a terceira nação a praticar abertamente à caça, junto da Islândia e Noruega.

A medida não foi bem recebida pela comunidade internacional. A Austrália disse estar “extremamente desapontada”, e a Nova Zelândia lamentou a retomada da “ultrapassada e desnecessária” matança de baleias.

A IWC foi fundada em 1946 e, até então, contava com 89 países-membro.

Diplomacia – A decisão do Japão, embora já tivesse sido anunciada em setembro, causou estranheza por se tratar de uma ação unilateral, sendo que o país não costuma adotar medidas assim na sua diplomacia.

Em setembro deste ano, o Brasil sediou a 67ª reunião anual da IWC, ocasião na qual a petição do Japão para retomar a caça foi rechaçada por 41 votos contra 27.

Estados Unidos, União Europeia e Austrália desaprovam a atividade.

Contrariado, o vice-ministro japonês da Pesca, Masaaki Taniai, lamentou o resultado da votação e disse que a possibilidade de abandonar a IWC seria uma última opção.

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