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Jatos voltam a Noronha para recolher ‘ilhados’

Uma semana após suspender as operações da Voepass, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) liberou a partir desta terça-feira pousos e decolagens de aviões a jato no aeroporto de Fernando de Noronha. A Voepass, com sua frota de turboélices, era a principal empresa aérea que atendia turistas e moradores do arquipélago, que ficaram literalmente ilhados quando a empresa foi proibida de operar.

Com a proibição dos voos da Voepass instalou-se um verdadeiro caos em Fernando de Noronha, com milhares de turistas impedidos de retornar às suas cidades de origem da mesma forma que os ilhéus ficaram impedidos de sair da ilha, a maioria deles em tratamento médico no Recife.

Segundo a Anac, a reabertura do aeroporto de Fernando de Noronha para os aviões a jato é provisória, mas que poderá se tornar definitiva com a conclusão das obras em suas pistas que se arrastam há quase dois anos.

Em 12 de outubro de 2022, os aviões a jato foram proibidos de operar na ilha frente a possibilidade de que os motores a reação (aeronaves a jato) aspirassem detritos da pista de pouso e decolagem, colocando em risco as operações.

O aeroporto seguiu liberado para aeronaves equipadas com outros motores, como os turboélices, modelo que constitui a frota da Voepass. A Gol e a Latam, que só operam com aviões a jato, suspenderam desde então seus voos para Fernando de Noronha, tendo voltado no decorrer da última semana, em caráter emergencial, para retirar da ilha os passageiros que lá chegaram por meio da Voepass.

As obras realizadas até o momento no Aeroporto Governador Carlos Wilson, informa a Anac, incluem a requalificação de uma faixa central de 18 metros de largura ao longo de toda a extensão da pista de pouso e decolagem, bem como a recomposição provisória da sinalização horizontal, que permitem o retorno com segurança das operações de aeronaves a jato.

A recuperação completa da pista de pouso e decolagem seguirá até o fim do ano. As obras previstas para ocorrer entre março e dezembro de 2025, conforme cronograma enviado pelo Governo do Estado de Pernambuco, responsável pelas obras, serão monitoradas pela Anac e são condicionantes para a continuidade das operações de aeronaves a jato no aeródromo.

Ainda conforme a regulação vigente, a liberação parcial das operações de aeronaves a jato em Noronha estará condicionada ao cumprimento de medidas mitigadoras por parte do operador aeroportuário e das empresas aéreas. Será necessária, também, a celebração de acordo operacional específico entre cada companhia e a concessionária do aeródromo antes da retomada das operações com aeronaves a jato.

A Anac informou que continua monitorando a execução das ações corretivas na pista do aeroporto de Fernando de Noronha “com a expectativa de que os ajustes necessários sejam realizados conforme o cronograma estabelecido e atendam aos requisitos normativos vigentes”.

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