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Jatos voltarão a Fernando de Noronha reduzindo viagem em uma hora

Fechado há exatos dois anos para operação de aviões de grande porte, o Aeroporto Governador Carlos Wilson deverá reabrir sua pista até o final deste ano para a volta dos jatos Boeing (norte-americano), Airbus (franco-inglês) e o Embraer E195-E2 (brasileiro). Essas aeronaves estavam proibidas de operar na ilha desde 12 de outubro de 2022, quando a Anac (Agência Naciobal de Aviação Civil) suspendeu seus pousos e decolagens devido a rachaduras observadas na pista.

Desde então, a ida e volta a Fernando de Noronha a partir do Recife só vem sendo feita pelos turbo-hélice ATR (francês) da Azul e da VoePass que gastam 1h45 minutos de voo para vencer a distância de 545 quilômetros entre a ilha e a capital pernambucana, contra os 40 minutos gastos pelos jatos da Latam, Gol e da própria Azul antes da interdição da pista para esses aviões.

Apesar da sua importância para o turismo em Pernambuco, desde a sua interdição para as operações de aviões de grande porte o aeroporto de Fernando de Noronha foi abandonado pelo governo de Paulo Câmara, do PSB, partido que estava há 16 anos na administração do estado. Talvez por isso, a governadora Raquel Lyra (PSDB), que despachou ainda no primeiro turno o candidato do PSB à sucessão de Câmara, o ex-deputado Danilo Cabral, tenha saboreado com tanto gosto o início das obras de recuperação do aeroporto com prazo de dois meses para a sua conclusão.

“A melhoria do aeroporto de Fernando de Noronha representa um avanço para o turismo de Pernambuco, que tem na ilha um dos seus principais cartões postais. É fortalecendo as conexões do nosso estado com o mundo que iremos atrair mais visitantes e fortalecer nossa economia”, disse na última terça-feira a governadora ao anunciar a nova obra para depois lembrar que já em agosto havia anunciado a conlusão do novo terminal de passageiros “para modernizar e garantir ainda mais conforto a todos que chegam ao arquipélago”.

De acordo com o seu secretário de Mobilidade e Infra-estrutura, Diogo Bezerra, o início das obras de recuperação da pista do aeroporto exigiu uma logística para o envio de equipamentos e insumos até a ilha. “Até mesmo uma embarcação precisou ser adaptada para o envio de uma usina de asfalto com mais de 30 toneladas para o arquipélago”, disse Bezerra.

Orçada em R$ 60 milhões, as obras já consumiram cerca de 70% desses recursos com o transporte por embarcações dos insumos necessários à sua realização. As obras são realizadas somente durante a noite, para não atrapalhar o funcionamento do aeroporto. Além do maquinário, nelas estão envolvidos 58 trabalhadores cujo expediente começa as 18 horas e se estendem até às 9 horas da manhã seguinte.

Além da recuperação da pista, as obras também incluem, como disse a governadora, uma reforma do terminal de passageiros que terá triplicada sua área atual de 1.050 metros. Também estão incluídos a reforma do prédio do Corpo de Bombeiros e a aquisição de um novo caminhão de combate a incêndios.

Com a conclusão das obras de recuperação do aeroporto, a Gol e a Latam, que haviam suspendido suas operações na ilha, deverão voltar a operar com seus jatos em Fernando de Noronha, enquanto a Azul poderá suspender a operação do seu turbo-hélice ATR e colocar novamente em operação o jato da Embraer. Já a VoePass não conta, até o momento, com aviões a jato em sua frota.

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