Uma descoberta está complicando as investigações sobre o assassinato da estudante de jornalismo Jéssica Leite, morta vítima de facada em Taguatinga, na terça-feira, 14. Segundo a polícia, ela portava drogas e utensílios usados por traficantes em sua bolsa, como porções de maconha, um triturador da droga, cinco microsselos de LSD e uma balança de precisão.
As informações, reveladas pelo G1, são do delegado Flávio Messina, responsável por investigar o caso. Ele chegou a dizer que a hipótese de latrocínio (roubo seguido de morte) tinha sido descartada, mas voltou atrás no fim da tarde e afirmou que a investigação segue diversas linhas. O autor do crime levou o celular da estudante, mas deixou mochila, dinheiro e objetos pessoais junto ao corpo dela.
“A gente agora vai avaliar por que ela estava transportando esses selos de LSD, se ela porventura era usuária de drogas, se havia uma dívida, até. [Vamos ver] o que isso pode trazer para a nossa investigação”, diz Messina. A corporação investiga se a droga era de Jéssica, se ela consumia esse tipo de entorpecentes e se pretendia vender os produtos.
Duas testemunhas foram ouvidas na tarde desta quarta, mas apresentaram informações conflitantes sobre a morte. Segundo Messina, uma das pessoas ouvidas disse que o suspeito puxou o celular da mão da estudante. Outra afirmou que o assassino e a jovem conversaram por alguns minutos, e que Jéssica não reagiu ou gritou por socorro após ser atingida.
Outras três pessoas devem ser ouvidas até esta quinta. Segundo o delegado, a vítima não tinha passagens pela polícia. Em uma busca na casa da estudante, policiais não encontraram indícios de droga.
Na noite desta quarta, 15, colegas de Jéssica prestaram uma homenagem à estudante.