O Ministério de Antiguidades do Egito anunciou neste domingo (04/05) a descoberta da tumba de uma rainha da V dinastia faraônica (2.500-2.350 a.C) desconhecida pelos historiadores até então.
A nova faraó se chama “Jintakus III” e nos escritos das paredes da tumba, situada próxima da capital Cairo, aparece identificada como “a mulher do rei”, a “mãe do rei”.
O ministro de Antiguidades, Mamduh al Damati, explicou em comunicado que foram encontradas também 24 estatuetas e utensílios de calcário e outros quatro de cobre que faziam parte do mobiliário funerário da rainha.
A tumba foi achada por uma missão arqueológica da República Tcheca em parceria com o ministério egípcio na zona de Abu Sir, ao sudoeste do Cairo.
O diretor da missão tcheca, Miroslav Barta, indicou que o descobrimento da tumba revelou uma parte desconhecida da história da V dinastia, além de confirmar a importância da mulher na corte egípcia.
O túmulo está situado em um pequeno cemitério ao sudeste da tumba do rei Ra Nefr Ef, descoberta nos anos 1990.
Esse fato levou os especialistas a sugerirem a possibilidade de Jintakus III ser a mulher de Ra Nefr Ef, de quem se tem poucas informações, e mãe do faraó Menkahur.
Em 24 de março de 2014, os arqueólogos tchecos descobriram também em Abu Sir o sarcófago e a múmia de um importante sacerdote da V dinastia, identificado como Nefer.
A zona de Abu Sir, próxima à esplanada das pirâmides de Guiza, fez parte da grande necrópole da antiga cidade de Menfis.
Seus monumentos mais importantes são os tempos do sol e o complexo funerário da pirâmide do rei Sahura, além de outros lugares de culto e tumbas de personagens nobres da época.