Hora dos jogos eletrônicos e gramificação nas empresas
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emOs céticos haveriam de dizer que os jogos eletrônicos são, provavelmente, o maior desperdício de tempo que já existiu. Outra possibilidade é de usar as mesmas mecânicas que fazem um adulto racional gastar boa parte de seu tempo em disputas virtuais, para engajá-lo em projetos concretos, com benefícios humanos reais. O nome dessa sistemática de usar mecânicas de jogos para ambientes que não são de jogos chama-se Gamificação.
O pressuposto da gamificação está na aplicação de mecânicas como: conquistas, compromisso, desempenho máximo, bônus, cascading (teoria da informação), colaboração em comunidade, contagem regressiva, exploração, pontos, níveis, progressão, status e viralidade. Por isso, muitos empreendedores, pesquisadores e desenvolvedores de softwares estão utilizando a estrutura de funcionamento de games como plano de fundo para influenciar nas atividades cotidianas do trabalho ou vida pessoal.
A idéia é incentivar uma espécie de competição saudável enquanto usa-se um ambiente lúdico que provoca a colaboração. Um bom exemplo disso é o site superbetter.com. O game foi criado pela designer de jogos Jane McGonical depois de passar por uma experiência traumática pessoal. O jogo permite que as pessoas estabeleçam metas de saúde ou bem-estar e convidem outros jogadores para ajudá-las a manter o progresso em direção às metas.
Nossos ambientes de trabalho não são tão diferentes dos jogos. Neles, também temos os jogadores, as missões, as regras. Nós chamamos nosso livro de regras de “o processo de trabalho”. E os jogadores de “membros de equipe”. As missões são “os projetos” e à medida que nos tornamos melhores profissionais, nossos chefes nos atribuem mais responsabilidades ou nos fazem “subir um nível”. A gamificação é o pilar que aumenta a experiência dos profissionais.
Monclair Cammarota
Coach e diretor executivo da Ekoá Jogos Empresariais